O Coletivo Boca da Mata, que surgiu em 2020, para atender as demandas ambientais do parque Boca da Mata localizado entre Taguatinga e Samambaia, está com inscrições abertas para brigadistas voluntários. Com treinamentos e capacitações oferecidos pelo Instituto Cerrados e pelo ICMBio, as inscrições finalizam neste domingo (12) e o objetivo da formação da brigada é combater os incêndios durante o período da seca.
De acordo com Douglas Ribeiro, biólogo do Coletivo, o parque enfrenta também outros problemas além da seca. “São diversos problemas socioambientais, que seria a disposição de resíduos em suas bordas e áreas de fácil acesso, a poluição dos corpos hídricos, a falta de segurança, invasões, retirada de vegetação nativa principalmente na mata de galeria na margem de Taguatinga Sul”, afirmou.
Além de realizar pesquisas e projetos de extensão com o Instituto Federal de Brasília e com a Universidade de Brasília, o Coletivo Boca da Mata também considera importante a participação da população na defesa e preservação do parque.
“A população pode ajudar principalmente fazendo denúncias sobre as irregularidades que potencializam as queimadas, exemplo: pessoal joga lixo e vai lá e ateia fogo no lixo, isso causa um incêndio florestal. Então a população vai poder ajudar nessas denúncias de irregularidades do parque que todo mundo consegue observar, principalmente a população de Taguatinga Sul, corpo de docentes do IFB, pessoal que mora próximo ao parque, pessoal da escola CEF 05. Então a gente está tentando envolver todas as pessoas que moram ali próximo ao parque para que de fato funcione a brigada e que seja efetiva, que a população sinta-se como parte integrante do coletivo e do parque”, concluiu.
O Coletivo Boca da Mata é uma equipe multidisciplinar ambiental que age em diversas frentes para o bem do parque e em prol do cerrado. Eles realizam mobilização social para retirada de resíduos, desenvolvimento de pesquisas, projetos de extensão e monitoramento de fauna.
As pessoas interessadas em apoiar as ações do Coletivo, podem se inscrever por meio de formulário no site.
DF em estado de emergência
O decreto assinado pela governadora em exercício, Celina Leão, no dia 22 de fevereiro, determina que o Distrito Federal ficará em estado de emergência ambiental entre os meses de março e novembro de 2023 devido às queimadas. Neste período o governo do DF poderá adotar as medidas necessárias para prevenir e minimizar as ocorrências e os efeitos dos incêndios florestais.
flO documento também determina que os órgãos que integram o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Distrito Federal (Ppcif) - executado pelo Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.
O Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios funciona como um sistema de parcerias institucionais que visam à proteção do Cerrado e a articulação entre os órgãos com o objetivo de otimizar os recursos humanos e materiais para execução do plano de prevenção. Segundo o governo, a ocorrência de incêndios florestais no DF está associada às condições climáticas do cerrado, caracterizada por um longo período de estiagem.
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Edição: Flávia Quirino