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Privatização da Rodoviária do Plano Piloto é retomada e consórcio Rodoplano apresenta maior proposta

Câmara Legislativa e Tribunal de Contas que já apontou falhas, acompanham o processo

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Rodoviária do Plano Piloto faz parte de área tombada do DF - João Cardoso/Agência Brasília

O processo de privatização da Rodoviária do Plano Piloto avançou mais um passo nesta segunda-feira (24) com a retomada no processo de licitação, com a abertura envelopes das concorrentes. De acordo com Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) os documentos ainda serão conferidos antes de anunciar a vencedora, mas a maior proposta teria sido do Consórcio Empresarial Rodoplano (18,90%), até então desconhecida até mesmo pelos deputados distritais que acompanham o processo.

“Ainda não temos informações sobre esse Consórcio. O que a gente fez, que foi uma vitória foi apontar vários problemas no processo, inclusive de prejuízo a própria administração pública. Tanto que o governo teve que fazer outra licitação. Não precisava privatizar a Rodoviária”, avaliou o líder da oposição da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Gabriel Magno (PT). O projeto de lei que autorizou a privatização da rodoviária foi aprovado na CLDF em dezembro do ano passado.

De acordo com a Secretaria de Transporte e Mobilidade, o Consórcio Rodoplano, que apresentou a maior proposta de outorga, é composto pelas empresas Conata Engenharia Ltda., Infracon Engenharia e Comércio Ltda., RMG Construções e Empreendimentos Ltda., Petruska Participações Ltda. e KTM-Administração e Engenharia Ltda.

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Ainda segundo a Pasta, outros dois consórcios participaram desta etapa da concorrência, o Consórcio Urbanístico Plano Piloto, que apresentou proposta de 10,33%, é formado pelas empresas Construtora Artec S/A, Central Engenharia e Construtora Ltda., e Belavia Comércio e Construções Ltda. E o Consórcio Catedral, que apresentou proposta de 12,33%, é formado pelas empresas RZK Empreendimentos Imobiliários Ltda., e Atlântica Construções, Comércio e Serviços Ltda.

A vencedora da concorrência vai assumir a gestão da Rodoviária do Plano Piloto pelo prazo de 20 anos, com previsão de investimentos da ordem de R$ 119,7 milhões.  A empresa que assumir o terminal deverá fazer a recuperação do complexo e modernizar a rodoviária, ficando responsável pela operação, manutenção, conservação e exploração.

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De acordo com a Semob, após a divulgação do resultado da licitação, a empresa que vencer a concorrência será convocada para, no prazo de até 30 (trinta) dias, cumprir as formalidades necessárias à assinatura do contrato. A Secretaria não informou a data para divulgação final do resultado.

Concessão

Segundo informações da Semob, a concessão da gestão do Complexo da Rodoviária do Plano Piloto do Distrito Federal abrange toda a edificação que inclui estacionamentos de ônibus, plataformas, área com lojas, quiosques, mezaninos, incluindo as praças, área de passeio e estacionamentos da área superior. Os estacionamentos somam 2.902 vagas nas áreas do Setor de Diversões Norte, Setor de Diversões Sul e Plataforma Superior da Rodoviária.

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Edição: Márcia Silva