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Quando faltam argumentos, sobram tanques de guerra

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Tanque de guerra passa em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, nesta terça-feira (10) - Reprodução/Twitter - @carolpires
Um governo que prefere uma minoria dobrando sua riqueza, enquanto milhões entram na linha da pobreza

Bolsonaro, eleito presidente em um acidente da História, também representa uma longa trajetória de presidentes militares.

Jair parece estar disposto, ou ao menos demostra isso a todo tempo, a invocar esse passado trágico de chumbo.

Seu cheiro é de pólvora.

Seus sonhos são com Ustra, Médici, Filinto Muller. Se pudesse tenho certeza que ele recriaria o DOPS.

O militar ressentido, expulso do exército, político do baixo escalão, viciado em rachadinha, que virou presidente para fazer um governo apocalíptico.

E agora, quer acobertar a fraude de seu governo, tentando salvar-se após 2 anos e 8 meses destruindo o país sem dó nem piedade.

Cruel. Incapaz. Corrupto. Negacionista.

É o tal Messias que a todo custo quer provar que existe fraude na urna eletrônica na qual ele mesmo foi eleito.

E mesmo derrotado, sobre o voto impresso, qual será a nova? Para buscar tensionar, endurecer ou mesmo buscar apoio popular que legitime suas atitudes?

Há resistência e ele se intensifica na busca em reconhecer que este não é este governo que apostamos e que precisamos. Um governo que prefere me ver armado que dentro da universidade. Um governo que prefere uma minoria dobrando sua riqueza, enquanto milhões entram na linha da pobreza.

O povo sem emprego. Sem comida. Sem teto. Sem oportunidade. Sem perspectiva de futuro. Um povo dilacerado pela dor da pandemia. Não será um povo acuado por exibições pirotécnicas de um presidente decadente.

Contra a escalada autoritária, nossa saída é o povo na rua e o poder popular.
 

* Max Maciel é pedagogo, ativista e empreendedor social.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha do editorial  do jornal Brasil de Fato - DF.

Edição: Márcia Silva