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Educação

DF registra 89 casos de covid-19 após volta às aulas na rede pública

Balanço foi apresentado pela Secretaria de Educação; professores e alunos foram os mais contaminados

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Volta às aulas na rede pública Distrito Federal - Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Em quase três semanas de retorno presencial às aulas, as escolas públicas do Distrito Federal registraram 89 casos de contaminação por covid-19. O balanço é da Secretaria de Educação do DF, em conjunto com a Secretaria de Saúde, e divulgado neste fim de semana. 

Na avaliação da secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, trata-se de um resultado "normal, dentro do esperado". Em todo o DF, a comunidade escolar reúne 35 mil professores, 10 mil assistentes, 5 mil vigilantes, merendeiras e faxineiras e mais de 450 mil alunos. 

"Considerando a experiência de outros estados, está dentro de um quadro razoável. O ideal é que não tivéssemos nenhum caso. Precisamos aguardar a consolidação desse retorno, já que a partir de hoje voltam os estudantes do ensino médio, que é um segmento que anda mais de ônibus, então isso pode aumentar o número de contaminações", afirma Rosilene Corrêa, diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF).   

A retomada das aulas nas escolas públicas do DF começou no dia 5 de agosto, de forma escalonada, primeiro pela educação infantil. Nas duas últimas semanas, foi a vez das séries iniciais e finais do ensino fundamental e, a partir desta segunda-feira (23), recomeçaram as aulas para os estudantes do ensino médio.    

Em todas as etapas, o funcionamento das escolas tem sido no formato híbrido, com as turmas divididas em dois grupos que se alternam entre o presencial e o ensino remoto entre uma semana e outra. 

As regionais de ensino com os maiores números de casos de covid-19 identificados foram Plano Piloto (16) e Taguatinga (16). Das pessoas contaminadas, o maior grupo é o formado por professores (23 casos), seguidos dos estudantes (17 casos). Os casos entre merendeiras, vigilantes e secretários escolares somaram 5, enquanto o número de faxineiras que testaram positivo foi de 7. 

De acordo com a Secretaria, todo registro de caso confirmado nas escolas públicas é seguido por um protocolo de rastreamento de contatos. Dessa forma, todas as pessoas com quem o caso positivo manteve contato próximo (ficou por pelo menos 15 minutos a uma distância menor que 1 metro ou, contrariando o protocolo, abraçou, beijou ou apertou a mão) também são orientadas a se afastarem das atividades escolares e ficam sob monitoramento da Vigilância em Saúde até o fim do prazo de quinze dias sem sintomas.

Edição: Márcia Silva