Distrito Federal

Previsão do tempo

Chuvas em outubro se aproximam da média histórica no DF

Previsão é de tempo instável nos próximos dias, alternando sol e calor com fortes pancadas de chuva

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Chuvas de outubro já se aproximam da média histórica para o mês do DF - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O brasiliense já voltou a se acostumar com o período chuvoso, após longos meses de seca. O mês de outubro, que ainda não terminou, registra um volume de chuvas bem próximo à média histórica para o período.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média esperada para este mês é de 159,8 milímetros (mm) de precipitação. Em algumas estações de medição, como Águas Emendadas, que fica na região norte do DF, esse volume já foi ultrapassado e registrou 168,4 mm até a tarde desta sexta-feira (22). Na região mais central da capital do país, choveu 133 mm desde o início do mês, de acordo com medições da estação do Sudoeste. "A chuva está boa, se aproximando da média histórica", aponta Olivio Bahia, meteorologista do Inmet.

Pelas projeções, o clima na capital do país, para os próximos dias, é de tempo instável, alterando períodos de sol e calor com chuvas isoladas que podem ser fortes e intensas. "A atmosfera está instável, por isso a perspectiva é de pancadas de chuva, principalmente a tarde, podendo ser chuva mais forte", aponta o meteorologista.

Na última quinta-feira (21), por exemplo, o Inmet chegou a registrar chuva de granizo em Samambaia. No início do mês, também houve granizo em alguma regiões da cidade, acompanhadas de rajadas de vento que ultrapassaram os 72 km/h.

Cuidados e orientações

O período chuvoso requer alguns cuidados específicos, orientam os meteorologistas. "Para quem está dirigindo por estradas e rodovias, é preciso redobrar a atenção, porque na chuva você perde tração e reduz a visibilidade, então é preciso manter distância do carro da frente e controlar a velocidade", recomenda Olivio Bahia, do Inmet.

Em casa, é preciso estar atento aos eletroeletrônicos e, no momento da chuva, não falar ao telefone com ele conectado à rede de energia. 

Nas áreas rurais, um dos principais cuidados deve ser com a possibilidade de raios. "Quem estiver em campo no momento da chuva deve evitar se abrigar debaixo de árvores ou estruturas metálicas. Neste caso, o ideal é se deslocar para uma casa ou um abrigo mais seguro", afirma Olivio Bahia. 

No região do Cerrado, principalmente no Planalto Central, outro perigo bem comum é a chamada cabeça d'água, um fenômeno meteorológico causado pelo aumento rápido e repentino do nível de água em rios. Ela ocorre quando uma grande quantidade de chuva cai em partes superiores de uma cachoeira ou ao longo de um curso d'água e pode causar graves acidentes ou morte de pessoas que estão próximas de rios ou cachoeiras.   

"Às vezes o turista está de um lado da serra, tomando banho no rio ou cachoeira, mas não consegue enxergar a chuva do outro lado, de onde o rio está vindo. É preciso ficar atento, nesse período, ao nível do rio e sempre se manter próximo a locais de saída em caso de rápida enchente", explica o meteorologista Olivio Bahia. 

Reservatórios

As chuvas costumam trazer um alento também no que se refere à segurança hídrica do DF. Isso porque os reservatórios que abastecem a capital do país, castigados durante a seca, podem recuperar seus níveis mais seguros. 

Na atualização desta sexta-feira, por exemplo, a represa do Descoberto estava com 55,9% de sua capacidade, um pouco acima dos 50% previsto para o período.

Os dados são da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa). Já o reservatório de Santa Maria registrava, neste mesma data, um nível de 83,6% de sua capacidade, bem superior à media de 69%, tida como valor de referência para o mês.  
 

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Edição: Flávia Quirino