Distrito Federal

Pandemia

Não vacinados representam quase 80% dos internados com covid-19 no DF

Monitoramento considera os pacientes admitidos ou que receberam alta do Hospital de Campanha do Gama

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Quase 80% dos internados com covid-19 no DF não foram vacinados - Breno Esaki/Agência Saúde

Novo balanço realizado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal aponta que a maioria das internações e óbitos ocorridos nos hospitais de campanha são de pessoas não vacinadas contra a covid-19.

Desta vez, o monitoramento foi feito com todos os pacientes que deram entrada no Hospital de Campanha do Gama desde o início de seu funcionamento, em 7 de maio de 2021. Os dados foram apresentados na quinta-feira (4), durante coletiva de imprensa.

Nesta unidade, 403 pacientes receberam alta hospitalar e destes, somente 78 se vacinaram. Atualmente, 32 pessoas estão internadas na unidade, e destas, 11 completaram o ciclo vacinal e três tomaram a primeira dose da vacina contra covid-19. Ou seja, a maioria dos internados (18 pacientes) segue sendo de pessoas não-vacinadas.

Das 716 pessoas internadas na unidade desde o início do seu funcionamento, somente 150 se vacinaram contra a covid-19, o que representa apenas 20,9%, contra 79,1% de não vacinados. Contabilizando o número de óbitos, foram registrados 281. Das pessoas que vieram a óbito, somente 58 haviam se vacinado com, pelo menos, uma dose, as outras 223 não tinham tomado a vacina.

“A vacina é a principal estratégia para prevenir principalmente os casos graves e o número de óbitos. Pessoas com doenças crônicas, imunossuprimidas e idosos são grupos de maior vulnerabilidade e requer atenção quanto ao manejo clínico adequado. Nestes casos, a vacina salva vidas e previne complicações e óbitos”, explica Fabiano dos Anjos, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde.

Vacinação

Até agora, 56% da população total do DF concluiu o esquema vacinal contra a covid-19. Quando se considera apenas o público-alvo, de 12 anos ou mais, esse valor é de 66,35%. 

A Secretaria de Saúde também lembrou que o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas Pfizer-BioNTech e AstraZeneca passou a ser de oito semanas (56 dias), independentemente da data prevista no cartão de vacina. Para esta sexta (5), por exemplo, já são esperados para a segunda dose os adolescentes de 16 anos que receberam a primeira em 10 de setembro. Será o primeiro dia de vacinação dessa idade.

Também foi informado que, em relação à dose de reforço, dos 26 mil imunossuprimidos aptos a receberem a imunização, somente 8.328 buscaram a vacina. As pessoas que se enquadram nas comorbidades listadas no site da Secretaria de Saúde devem procurar um local de vacinação 28 dias após a segunda dose ou dose única. Não é preciso agendar: basta levar o cartão de vacina, documento de identidade com foto e laudo ou relatório médico.

Para este público, a vacina Coronavac também está disponível para pacientes com indicação médica desse imunizante. No caso de idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde, a dose de reforço pode ser aplicada seis meses após a D2 ou dose única.

:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::

Edição: Flávia Quirino