Para enfrentar os desafios da saúde pública relacionados a hábitos alimentares no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde lançou no dia 6 passado um documento que define diretrizes para a Política Distrital de Alimentação e Nutrição (PDAN).
Aprovado pela Portaria nº 1.192, de 24 de novembro de 2021, o instrumento de planejamento, gestão e execução das ações de segurança alimentar e nutricional tem como premissa possibilitar maior acesso da população à alimentação adequada e saudável.
Entre os desafios apontados na Política Distrital está o combate ao excesso de peso da população e a necessidade de aumentar o consumo diário de frutas e hortaliças. Com o panorama do cenário nutricional, o objetivo da Secretaria de Saúde visa trabalhar ações para enfrentar os desafios encontrados no DF e promover uma melhor solução de saúde para a população local.
O documento aponta que no acompanhamento do estado nutricional dos usuários do SUS adultos, verifica-se aumento do excesso de peso ao longo dos anos (de 59,8% em 2015 para 70,2% em 2020).
“Desse modo, pode-se inferir que a obesidade já acomete um a cada cinco adultos no DF (podendo variar de um a cada 5,5 homens e de uma a cada cinco mulheres). Com esses resultados, o DF tende a acompanhar os dados nacionais que demonstram uma maior prevalência de obesidade na faixa etária de 45 a 64 anos”, informa o estudo.
Situação Alimentar
O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil, para o período de 2017 a 2022, define como meta o aumento de 0,5% ao ano no consumo de frutas e hortaliças.
No entanto, o consumo diário muitas vezes não acontece na quantidade adequada para surtir efeitos protetores da dieta. Em 2018, 44,4% da população adulta do DF afirmou consumo regular de frutas ou hortaliças, porém somente 29,8% da população do DF relatou o consumo recomendado desses alimentos, de cinco porções diárias.
Os dados demonstram ainda que o consumo de frutas e hortaliças entre a população negra no país é menor em comparação à população total.
O PDAN destaca que apesar desse contexto de consumo alimentar, por outro lado, existe um importante cenário de insegurança alimentar no DF. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (2017-2018), 32,7% dos domicílios estavam em algum grau de insegurança alimentar. Dessa porcentagem, 21,2% apresentavam insegurança alimentar leve; para 6,6%, moderada; e para 5%, grave.
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Edição: Márcia Silva