Distrito Federal

Dignidade

Defensoria pública e movimentos populares promovem campanha de combate à pobreza menstrual

Entidades cobram implementação da política de distribuição de absorventes para pessoas que menstruam.

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
No DF, Lei que prevê a distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade ainda não foi implantada. - Foto: Marcelo Casal Jr

Na quinta-feira (16) foi realizado em Brasília o lançamento da “Campanha de Combate à Violência Menstrual das Mulheres de Axé do Brasil no Distrito Federal”.

A ação que aborda as questões de saúde, direitos humanos e cidadania plena é uma iniciativa da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), do Movimento de Mulheres de Axé do Brasil (MAB) junto à Comissão Especial de Psicologia, Raça e Povos Tradicionais do Conselho Regional de Psicologia do DF, ao Ilê Asè T’ojú Labá, à Aldeia Pai Joaquim da Almas Santas Benditas, à Associação Humanizando Presídios, à Casa Akotirene, às Rosas pela Democracia e à Rede Solidária Entre Nós.

A campanha tem como premissa viabilizar os direitos menstruais de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para isso, serão realizadas ações para arrecadação de absorventes, bem como sua distribuição. As entidades ressaltam que é preciso chamar a atenção da sociedade para a realidade de mulheres em condições precárias quanto à saúde e acesso aos seus direitos.

Uma em cada quatro adolescentes brasileiras faltam à aula por não possuírem acesso aos itens básicos de higiene menstrual, segundo dados da UNICEF (2021). Os impactos da falta de acesso aos recursos de higiene menstrual afetam, assim, os estudos de inúmeras meninas pelo Brasil.

No DF, perto de completar um ano de sanção, a Lei 6.779, de 2021, que prevê a distribuição gratuita de absorventes em escolas e Unidades Básicas de Saúde para mulheres em situação de vulnerabilidade e estudantes da rede pública no Distrito Federal ainda não foi implantada.

A Defensoria Pública do Distrito Federal, por meio do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos e do Núcleo de Defesa da Mulher, encaminhou ofício à Secretaria de Saúde para que as medidas necessárias fossem adotadas para a garantia do exercício desses direitos.

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Edição: Márcia Silva