A volta às aulas no Distrito Federal está marcada para o dia 14 de fevereiro e de acordo com o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) é possível que as salas de aulas fiquem superlotadas.
Em nota, a entidade sindical ressalta que, além de salas cheias, o ano letivo de 2022 vai começar com “todo tipo de inadequação que prejudica o aprendizado dos estudantes, as condições de trabalho dos professores e servidores, pondo em risco a saúde de todos”.
O Sinpro-DF vem denunciando a restrição no número de escolas na cidade e aponta que a rede pública de ensino terá 26,5 mil novos estudantes em 2022. Serão acolhidos, no mínimo, “mais de 470 mil estudantes em 685 escolas, fora algumas creches”, destaca a entidade.
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“É certo dizer que as escolas públicas do DF passaram por algumas reformas, mas, notadamente, essas reformas foram centradas, basicamente, na colocação de câmeras de circuito de controle interno para monitoramento de professores. Houve pouca ampliação das salas de aula e quase nenhuma adequação para o enfrentamento à pandemia e nem para as futuras ondas de contaminações já previstas e anunciadas pela ciência. Também não houve construção de novas escolas para atender à demanda que aumenta todo dia” observa a entidade sindical.
Volta às aulas
Diante da crescente de casos de Covid-19 na capital, a diretora do Sindicato dos Professores, Rosilene Corrêa, disse que a entidade vai apelar à Secretária de Educação do DF para adiar o retorno presencial, “aproveitando a estrutura que já existe de aulas remotas para os 12 dias letivos” que estão previstos para o mês de fevereiro.
“Não estamos propondo ficar sem aulas. A nossa proposição é de adiar o retorno presencial para março. É o tempo para que todas as famílias levem suas crianças para vacinarem, que os adolescentes que ainda não foram vacinados também procurem fazer isso, e a partir disso, esperamos ter as condições para um retorno presencial com mais segurança”.
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De acordo com a Secretaria de Educação do DF, as aulas da rede pública do DF estão mantidas para início em 14 de fevereiro, presencialmente.
“A Secretaria de Educação acompanha os indicadores da pandemia diretamente com a Secretaria de Saúde. Estamos a mais de duas semanas do início das aulas, portanto, qualquer eventual mudança de planos será comunicada oportunamente à sociedade”, informou a SEDF.
Questionada pelo Brasil de Fato DF, a Secretaria não comentou a denúncia de superlotação nas salas de aulas da rede pública de ensino.
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Edição: Flávia Quirino