Coletivos, organizações e movimentos sociais do Distrito Federal convocaram para este sábado, 5, às 10 horas, uma manifestação por justiça e contra o assassinato do jovem congolês Moïse Kabagambe. O ato será realizado em frente ao Palácio Itamaraty, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Moïse foi espancado e assassinado por cinco pessoas no dia 24 de janeiro, no Quiosque Tropical, na Barra da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, após cobrar seu salário que estava atrasado.

A manifestação é nacional e é realizada em diálogo com a família de Moïse Kabagambe. Os atos acontecem simultaneamente em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, entre outras.

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“Queremos chamar atenção das autoridades do Brasil em relação ao caso, para que o país se posicione sobre a vida do Moïse, uma vez que ele era refugiado e o Estado brasileiro tinha responsabilidade sobre essa vida. O que aconteceu com Moïse não pode passar impune e não pode ser silenciado”, destaca Dani Sanchez, uma dos articuladores do Ato Justiça por Moïse, participante do Grupo Por todas as Vidas Negras do DF.

“Além da cobrança por justiça pela vida de Moïse, este ato simboliza uma indignação coletiva em ter mais um dos nossos brutalmente assassinado, escancarando novamente o racismo estrutural que ceifa a vida da juventude negra nesse país e também aqui no Distrito Federal”, aponta Ângela Amaral, da Coordenação Distrital e do Setor de negros e negras do Levante Popular da Juventude.

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“Moïse era um jovem, negro, trabalhador e imigrante, que veio para o Brasil com a esperança de ser acolhido e não violentado. É inadmissível que aceitemos o silêncio das autoridades diante destas barbáries”, destaca Ângela.

Justiça

Moïse Kabagambe era natural do Congo, país do continente africano, tinha 24 anos e veio para o Brasil em 2014, na condição de refugiado.

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No dia 24 de janeiro, Moïse foi cobrar duas diárias de trabalho atrasadas, em um quiosque onde trabalhou, e acabou sendo espancado até a morte no local. O corpo dele foi encontrado amarrado.

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Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que a causa da morte do jovem congolês foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente.

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Edição: Flávia Quirino