O Instituto Federal de Brasília (IFB) anunciou a volta das atividades presenciais a partir do dia 28 de março. Inicialmente, o retorno integral ao trabalho presencial abrange apenas os servidores da instituição. O início do ano letivo 2022, com aulas e atividades presenciais para todos os estudantes começa no dia 4 de abril.
Em nota, o Instituto destaca que não há mais legislação que ampare o formato remoto para o ano letivo de 2022. “A regra agora é o presencial. O trabalho e o ensino remoto serão exceções”, aponta.
Para o estudante de Gestão Pública e membro no Conselho Superior (CONSUP) do IFB, Lucas Aragão, o retorno às aulas presenciais acontece num cenário desfavorável e “pode prejudicar a nossa situação recém conquistada de segurança.” Ele afirma que muitos estudantes estão relutantes com o retorno na modalidade presencial devido à crescente de casos covid-19 na cidade.
“Ao mesmo tempo em que muitos estão apreensivos com questões referentes à qualidade de ensino, é uma situação que polariza muitas opiniões. Eu acredito que devemos pautar um retorno seguro e flexível, que inclua todos os estudantes com segurança”, destaca Aragão.
O estudante informou que em reunião do Conselho Superior do IFB foi debatido questões referentes ao retorno. Para ele, “o plano foi feito às pressas pela necessidade de uma resposta à Lei 14.218/21, que nos fez aderir ao retorno presencial. Tirando os casos de excepcionalidades, os protocolos do plano ainda precisam ser melhorados, porém acredito no trabalho da gestão atual e dos representantes do CONSUP na construção de alternativas as demandas”.
“O fato das vacinas contra covid-19 terem sido disponibilizados e estarmos caminhando para a terceira dose, mas seguindo a cartilha de vacinação acredito que seja possível retornar com melhores condições para o ensino presencial no IFB”.
Para Gabriela de Souza, estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia no Campus São Sebastião, o momento ainda é de riscos. Contudo, “o fato das vacinas contra covid-19 terem sido disponibilizados e estarmos caminhando para a terceira dose, acredito que seguindo a cartilha de vacinação seja possível retornar com melhores condições para o ensino presencial no IFB”.
Os dois estudantes defendem a exigência do comprovante de vacinação de todos os alunos e servidores, “sem exceções”, para assegurar um retorno às aulas mais seguro.
Para Souza, as pessoas que “optam por não vacinar devem saber das consequências, principalmente que estarão colocando suas próprias vidas em risco e a vida dos outros”.
De acordo com o representante do Conselho Superior do IFB, o passaporte da vacina é uma ferramenta necessária.
“Hoje estamos sofrendo com um retorno lento à normalidade devido à campanha feita pelo presidente Jair Bolsonaro contra a vacinação, a prova disso são as variantes Delta e Ômicron. Se não formos cautelosos poderemos prolongar a situação pandêmica, pensar na segurança e um dever de todos, com professores, estudantes e a população do Distrito Federal, temos que vencer o vírus, e espero que também a desinformação contra as vacinas proferidas pelo presidente e seus seguidores”, salienta Aragão.
O Instituto Federal de Brasília (IFB) foi criado em dezembro de 2008, por meio da lei nº 11.892, passando a compor a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, existente em todo o Brasil.
No Distrito Federal, são 10 campi distribuídos pelo cidade: Brasília, Ceilândia, Estrutural, Gama, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, São Sebastião e Taguatinga.
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Edição: Flávia Quirino