Um estudo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) mostra que o risco de morrer em decorrência da covid-19 é 33 vezes maior entre as pessoas não-vacinadas ou com o ciclo vacinal incompleto na comparação com aqueles que estão em dia com a imunização.
Uma análise feita com dados consolidados até o dia 7 de fevereiro mostra que dos 93 óbitos entre pessoas com 60 anos ou mais, 79 (85%) correspondem a não-vacinados e apenas 14 (15%) tinham ciclo de vacinação completa.
Os cálculos mostram que a taxa de mortalidade entre vacinados é de 4,9 óbitos para cada 100 mil habitantes, enquanto a taxa de mortalidade entre os não-vacinados chega a 164,20 óbitos para cada 100 mil habitantes.
"Fica bem claro pra gente a importância da vacinação e a urgência de que todos procurem a dose de reforço de forma oportuna", afirmou Priscilleyne Reis, a diretora do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), durante coletiva de imprensa na tarde de sexta-feira (11).
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Do primeiro dia do ano até o dia 7 de fevereiro, foram notificadas 106 mortes, sendo 93 óbitos de pessoas acima dos 60 anos e 13 mortes entre pessoas de 26 a 59 anos. No grupo mais jovem de vítimas fatais da doença, 11 pessoas tinham comorbidades associadas.
O balanço mostra também que a média móvel diária de infecções por covid-19 nos primeiros 38 dias do ano foi de 4.649,3 casos. Já a média móvel de óbitos ficou em 2,7.
Atualmente, a taxa de transmissão (Rt) da pandemia na capital do país está em 1,22, o que ainda indica expansão, já que 100 pessoas infectam outras 122.
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Em boletim divulgado também na sexta-feira (11), a Secretaria de Saúde confirmou mais 3.206 novos casos conhecidos de covid-19 e 15 novas mortes em decorrência da doença. Desde o início da pandemia, 11.280 pessoas perderam a vida e 656.406 foram infectadas pelo coronavírus em Brasília.
Leitos de UTI
A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusiva para casos de covid-19 na rede pública do DF estava em 91,67%, segundo dados atualizados às 18h25 desta sexta. Do total de 122 leitos, 99 estavam ocupados, 9 disponíveis, 9 aguardam liberação e 5 bloqueados. Os números incluem unidades neonatais, pediátricas e adultas.
Na rede privada, às 11h55 de sexta (11), 82,52% das vagas reservadas para infectados estavam ocupadas. Do total de 146 leitos, 121 eram usados, 25 estavam vagos e nenhum bloqueado.
Durante coletiva de imprensa, o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, informou que 100 leitos serão reabertos no hospital de campanha da Polícia Militar (PMDF). O pregão para a licitação será aberto na próxima segunda-feira (14) e a expectativa é que as novas unidades estejam em funcionamento em cerca de 15 dias.
"Estamos trabalhando para fazer a abertura em torno de 100 leitos no hospital da PM. Estamos aguardando essa semana a manifestação das empresas, na segunda vamos abrir um pregão dessa licitação regular que estamos caminhando. Depois do pregão, e tendo um vencedor, a empresa terá até 15 dias para mobiliar a UTI. Esses leitos vão ajudar muito o momento que estamos vivendo", afirmou.
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Edição: Flávia Quirino