Distrito Federal

Jornada de Lutas

Em Ceilândia, mulheres protestam contra o governo Bolsonaro e pedem fim a violência de gênero

A atividade faz parte da jornada de lutas em comemoração ao Dia Internacional de Luta das Mulheres

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Com faixas e cartazes nas mãos, as manifestantes denunciavam os retrocessos impostos pelos governos de Bolsonaro e Ibaneis para as mulheres. - Foto: Thamy Frisselli

Coletivos feministas, movimentos sociais e parlamentares realizaram um ato antecipado no centro de Ceilândia, no sábado (5), para marcar o início da jornada de lutas do Dia Internacional de Luta por Direitos das Mulheres, comemorado no 8 de março.

Com faixas e cartazes nas mãos, as manifestantes denunciavam os retrocessos impostos pelos governos de Bolsonaro e Ibaneis à classe trabalhadora e, sobretudo, para as mulheres.

Em meio à palavras de ordem de “Fora Bolsonaro” e discursos, as participantes evidenciaram o aumento no número de casos de feminicídio no Distrito Federal nos últimos anos, bem como, do desmonte das políticas públicas voltadas para o combate da violência doméstica.

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A representante do Levante Feminista do DF, Rita Andrade, disse que para dar um basta à violência e ao feminicídio é urgente a “implementação de políticas públicas preventivas a todas as mulheres”. Ela declarou ainda que a luta das mulheres é “por igualdade, por respeito e direitos”.

Para a presidente do Instituto Viva Mulher Direitos e Cidadania, Lucia Bessa, as mulheres “não aguentam mais viver sob o julgo da violência. Exigimos políticas públicas eficazes que resguardem e assegurem a vida das mulheres desse país e do Distrito Federal”.


Denúncias do aumento no número de casos de feminicídio no DF, bem como, do desmonte das políticas públicas voltadas ao combate da violência doméstica tomaram conta do ato. / Foto: Roberta Quintino

“Estamos em luta para dizer que as mulheres em movimento vão arrancar a faixa presidencial que está no peito estufado da misoginia, do racismo, da LGBTfobia, da extrema direita e do fascismo. Tirem o seu patriarcalismo do caminho que nós estamos passando com tantas cores, com tantas lutas e com muita convicção de que esse Brasil, em nome de Marielle, de Margarida Alves, em nome de Dandara, será devolvido ao povo brasileiro e às mulheres brasileiras”, afirmou a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).

Ações de solidariedade

Além do ato, as mulheres dos coletivos e movimentos organizaram uma ação para distribuição de absorventes, álcool em gel, máscaras e luvas para as manifestantes e à população da cidade.

Até o final de março, outras ações de solidariedades serão realizadas. Na segunda-feira (7), as mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vão se reunir no Hemocentro de Brasília, a partir das 10h, para um mutirão de doação de sangue.

Na terça, 8, as atividades iniciam às 11 horas, com o ato "Pela Vida das Mulheres", em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do DF. Já a Marcha das Mulheres do DF e Entorno, acontece a partir das 17 horas, com concentração no Museu da República e segue pela Esplanada dos Ministérios, com encerramento na Alameda das Bandeiras.

No dia 14, as mulheres do MST vão realizar o plantio de árvores em homenagem a vereadora e socióloga Marielle Franco, assassinada em março de 2018.

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Edição: Flávia Quirino