Novamente com salários e tíquetes-alimentação atrasados, funcionários terceirizados de limpeza na rede pública de saúde do Distrito Federal cruzaram os braços na sexta-feira (10).
De acordo com o Sindicato de Serviços Terceirizáveis do DF (Sindiserviços-DF), o movimento paredista envolve funcionários de diversos hospitais regionais, como os de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Planaltina, Guará, Brazlândia e Paranoá, além do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Materno-Infantil (Hmib), Instituto de Saúde Mental (ISM), Farmácia de Alto Custo, Hospital de Apoio, entre outros.
O sindicato informou que a categoria deveria ter recebido o salário até a última terça-feira (8), quinto dia útil do mês, como determina a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), mas o dinheiro não foi creditado. Os atrasos têm sido recorrentes. No ano passado, ocorreram algumas greves por conta de sucessivos atrasos no pagamento. A última delas foi no mês de dezembro. A empresa responsável é a BRA Serviços.
:: Greve dos terceirizados da rede de saúde termina após pagamento de salários ::
A secretária-geral do Sindserviços, Andréa Cristina da Silva, afirmou que os atrasos da empresa são atribuídos à demora no repasse de recursos por parte da Secretaria de Saúde do DF (SS-DF).
"Tudo o que a empresa nos responde é que devido falta de repasse do GDF, ela não tem condições de pagar o trabalhador. Mais uma vez, o trabalhador pagando pelo erro da administração pública", afirmou.
A reportagem pediu um posicionamento por parte da Secretaria de Saúde, que informou que o pagamento devido à BRA Serviços será repassado à empresa até amanhã (15), uma semana após o fim do prazo de pagamento dos salários.
"A pasta ressalta que aguarda a liberação da licitação pelo Tribunal de Contas para contratação regular de empresa, que prestará os serviços de limpeza de forma contínua, de modo que esses problemas não voltem a ocorrer", informou a SES-DF.
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Edição: Flávia Quirino