Em meio aos diversos aumentos dos combustíveis, da alimentação e denuncias de casos de corrupção protagonizados por membros do governo, centrais sindicais e movimentos populares convocam a população do Distrito Federal para um novo ato, neste sábado (9).
A mobilização, que acontece em várias cidades do Brasil, tem como lema "Bolsonaro Nunca Mais: Contra o aumento dos combustíveis e do gás, não à fome e ao desemprego". Em Brasília, a concentração será a partir das 16 horas, no Museu Nacional da República, de lá os manifestantes saem em marcha pela Esplanada dos Ministérios.
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A secretária de Mobilização da Central Única dos Trabalhadores do DF (CUT-DF), Leilane Costa, destaca que a manifestação é uma continuidade à luta iniciada pelos movimentos populares antes da pandemia.
“É uma mobilização para a retirada desse governo genocida, que deixou a classe trabalhadora desassistida durante a pandemia, e que contribuiu para o avanço da doença”. A dirigente aponta ainda que a gestão de Jair Bolsonaro potencializou o desemprego e a fome no país. Além de promover o desmonte dos serviços públicos, prejudicando a população mais vulnerável.
De acordo com o Levante Popular da Juventude, a população brasileira vive “um cenário de miséria, de carestia, de fome, de alta dos preços, sem investimento em políticas públicas”, e, dentro dessa conjuntura, os jovens acabam sendo os mais afetados pela crise gerada pelo atual governo, “pois ocupam todas as classes da minoria e sofrem com o desemprego e a exclusão do ensino”.
Para o movimento, é fundamental que a classe trabalhadora ocupe as ruas “em luta por Bolsonaro Nunca Mais! É de extrema importância que estejamos juntos nas ruas defendendo nossos direitos, lutando por direitos trabalhistas, defendendo os direitos das mulheres, dos LGBTQIA+, da juventude e de todo povo brasileiro”.
Rejeição
Segundo pesquisa do instituto Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), divulgada na quarta-feira (6), 63% da população desaprova o governo Bolsonaro, e 54% avalia a gestão como ruim ou péssima. Para 63% dos entrevistados, a economia no Brasil está no caminho errado.
Na pesquisa, com 40% das respostas, Jair Bolsonaro foi mencionado como o pior presidente do Brasil. Lula foi considerado o melhor presidente do país, com 46% das avaliações.
De acordo com o Instituto, a margem de erro máximo estimada é de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%.
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Edição: Flávia Quirino