No próximo 1º de Maio, no Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai realizar em Brasília um grande ato político-cultural no estacionamento do Eixo Cultural Ibero-Americano, antigo Complexo Cultural da Funarte.
Para marcar a data, a atividade, com início às 16 horas, vai contar com a apresentação da artista Ale Terribili, que fará uma homenagem ao cantor Gonzaguinha.
Na programação, também consta a pré-estreia do documentário “O povo pode?”, do cineasta Max Alvim. O filme, que traz a perspectiva do povo, aborda as mudanças que o país enfrentou nos últimos anos. As imagens foram captadas durante a caravana do ex-presidente Lula, que percorreu 56 cidades do nordeste brasileiro.
A CUT-DF ressalta que a data não se trata apenas de um feriado festivo, “em que patrões e empregados comemoram juntos, mas, sim, de um dia de luta dos trabalhadores por dignidade e melhores condições de trabalho”.
“Até chegarmos aos dias de hoje, muita coisa aconteceu. Infelizmente, para que os direitos fossem conquistados, vidas foram perdidas no caminho. É uma história marcada, sobretudo, por resistência e luta”, aponta a Central.
Para o presidente da Central Única no DF, Rodrigo Rodrigues, o 1º de Maio é uma data histórica para a classe trabalhadora. “Demarca a história da construção de conquistas e avanços para os trabalhadores desde o processo da revolução industrial. Celebrar a data é lembrar de todas as lutas que tivemos e dos mártires da classe trabalhadora”.
No entanto, Rodrigues ressalta que “o momento em que vivemos no Brasil não é um período de celebração de conquistas, mas de muitos retrocessos e ataques a classe trabalhadora. Em 2015, avisamos que o golpe que se colocava era contra os direitos dos trabalhadores e contra a soberania nacional. Infelizmente, vimos isso acontecer com a reforma trabalhista, com a Emenda 95, com a destruição da Petrobras e de várias estatais, são inúmeros os ataques que nós sofremos nos últimos anos. Mas nesse 1º de Maio de 2022, que demarca a saída do processo da pandemia, que demarca um ano eleitoral, esse deve ser um 1º de Maio de luta, de rememorar os nossos momentos de conquistas, e de podermos reunir as nossas forças para que a classe trabalhadora avance novamente em direitos e conquistas” diz.
No Brasil, a primeira "comemoração" do 1º de maio, aconteceu em Porto Alegre (RS), em 1892, em meio a intensos protestos. Por todo lado, os trabalhadores lutavam contra a injustiça. Desde então, a data se tornou um símbolo de resistência, e atos históricos ocorrem mundo afora, reunindo milhares de pessoas.
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Edição: Flávia Quirino