Brasília desafia o tempo. Não pela modernidade que é sua, mas por brotar esperança constante.
Brasília foi erguida no meio do cerrado. Tem como solo o bioma que rebrota em meio ao fogo, com ainda mais cores e vida. Assim ela cresceu, perfilada com esse atrevimento admirável.
Não por acaso estão aqui os traços arquitetônicos mais ousados e belos, projetados nas ruas, nos edifícios, nos parques, nos templos. Brasília escolheu Niemeyer e desfilou para ele.
Brasília tem vales, tem estrelas, tem céu, tem cachoeiras. Brasília do samba, do chorinho, do rap. Seus ouvidos se abrem a qualquer música e ritmo.
Brasília tem palácios e também periferia. Brasília tem gente do Brasil inteiro, de todas as cores, credos, idades. Brasília tem alma, e sabe amar.
Brasília respeita e acolhe. A faixa de pedestre ensina que o mais forte existe para proteger e não para oprimir, no trânsito e na vida. Nos parques e nas feiras, expressões de todo o país no sabor, nos sotaques, no manejo.
Brasília desafia o tempo. Não pela modernidade que é sua, mas por brotar esperança constante. Uma esperança que nasce do povo que luta, que trabalha e que constrói, encarando com coragem quem tenta deixar a nossa cidade careta.
Brasília educa porque é inerente a ela o processo profundo e intenso de saber viver em sociedade, com respeito ao próximo. Mas também educa porque aqui milhares de professores e professoras, orientadores e orientadoras educacionais dedicam suas vidas por tempos com mais sorrisos e menos fome, o que, definitivamente, só é possível com a educação como prioridade.
Parabéns minha Brasília, nossa Brasília. A Brasília que educa.
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*Rosilene Corrêa é professora aposentada da rede pública de ensino do DF e dirigente do Sinpro-DF e da CNTE.
**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato - DF.
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Edição: Flávia Quirino