Os bastidores dos grupos políticos de oposição no Distrito Federal estão fervendo nos últimos dias. As convenções partidárias para as eleições deste ano só devem ocorrer em julho, mas as articulações para a composição das candidaturas majoritárias, especialmente a de governador, seguem a todo vapor.
O movimento mais significativo da semana passada ocorreu no PT. O diretório nacional da legenda se reuniu com lideranças locais, na última quarta-feira (11), para informar que avocou para si a definição das candidaturas, e que a decisão será tomada levando em conta a federação nacional que o PT compõe com o PV e o PCdoB.
Com isso, a votação sobre chapa majoritária no Encontro Regional do DF, que estava prevista para este último fim de semana, acabou nem sendo realizada, e só deve ocorrer no final deste mês ou início de junho. Disputavam a pré-candidatura a governo pelo partido a professora Rosilene Corrêa e o ex-deputado federal Geraldo Magela.
A senha do diretório nacional do PT em seu comunicado foi clara. Além das duas pré-candidaturas do próprio partido, o PV "apresentou como seu único pleito entre as indicações para as chapas majoritárias [em todo o país] o nome do deputado distrital Leandro Grass" ao Palácio do Buriti.
Nesse cenário, a tendência mais provável é que o PT feche em torno de Grass a chapa majoritária para governador, movimento que conta com apoio do ex-presidente Lula.
Antevendo esse desfecho, o petista Geraldo Magela desistiu da pré-candidatura a governador e anunciou a decisão de se apresentar como pré-candidato ao Senado, buscando um lugar na chapa majoritária com Leandro Grass.
"A direção nacional informou ao PT-DF que pretende indicar o candidato do PV para governador. Penso que o melhor seria uma candidatura petista, mas as divisões internas nos colocaram na situação, nunca vivida antes, do PT não ter candidatura para disputar o GDF. Eu apoiarei qualquer que seja a decisão da Executiva Nacional", escreveu Magela em um comunicado distribuído a correligionários e apoiadores após o anúncio da direção nacional.
Outras pré-candidaturas
No campo da centro-direita, um dos nomes que despontam como possível candidato é o do senador José Reguffe (União Brasil). Nas pesquisas, ele é o que aparece mais bem colocado na disputa, atrás apenas do atual governador Ibaneis Rocha (MDB), que disputará a eleição, por enquanto, como favorito. No entanto, Reguffe tem dito que ainda definirá se disputará o Palácio do Buriti ou se tentará concorrer ao Senado novamente.
O Brasil de Fato apurou que o grupo político de Reguffe - formado por União Brasil, Podemos e Solidariedade - tenta uma aproximação com o PDT, da senadora Leila Barros, outra pré-candidata ao GDF.
:: Leila Barros lança pré-candidatura a governadora do DF ::
Há uma possibilidade de Reguffe e Barros caminharem juntos nas eleições deste ano. Outro partido cortejado pelo grupo político de Reguffe é o PSB, que no plano nacional apoia a candidatura Lula, mas que no DF já lançou como pré-candidato o ex-secretário de Educação Rafael Parente.
Outra pré-candidatura ao GDF que, por enquanto, caminha para se firmar é a do senador Izalci Lucas (PSDB). O seu partido montou uma federação com o Cidadania, e não há perspectiva de ampliação da aliança com outras forças de centro e centro-direita, no momento.
No campo da esquerda, a pré-candidatura da assistente social e ativista Keka Bagno também caminha para se consolidar. Ela será a primeira mulher negra a disputar o cargo eletivo mais importante do Distrito Federal.
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Edição: Flávia Quirino