A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que, desde o início do ano, foram notificados 59.555 casos suspeitos de dengue, dos quais 54.713 eram prováveis. Dos casos prováveis 96,1% são residentes no DF, o que dá 50.528 pessoas. Dentre os casos prováveis em residentes em outros estados estão Goiás (2.068 casos), Minas Gerais (22 casos) e São Paulo (9 casos).
Os dados constam no mais recente boletim emitido pela pasta, na última sexta-feira (17), referente à 22ª semana epidemiológica. Houve um acréscimo de 466% no número de casos prováveis de dengue em residentes no DF se comparado ao mesmo período de 2021, quando foram registrados 9.289 casos prováveis da doença no DF.
Agravamento e mortes
Até a semana passada, haviam sido confirmados 897 caso de dengue com sinais de alerta (1,7% do total de casos prováveis) e 42 casos considerados graves (0,71% dos casos prováveis) em residentes no DF. Este ano, um total de sete mortes foram confirmadas por complicações da dengue, número menor do que os nove óbitos do mesmo período de 2021.
Apesar da dengue poder se agravar em qualquer pessoa, fatores de risco individuais, como idade, etnia, presença de comorbidades e infecção secundária podem determinar a gravidade da doença. Crianças mais novas e indivíduos acima de 65 anos são mais vulneráveis às complicações por possuírem sistema imunológico menos eficiente ou resistente.
Perfil
Com relação ao perfil dos casos prováveis de dengue, a Secretaria de Saúde do DF diz que a maior incidência dos é verificada em pessoas do sexo feminino, com 2.154,5 casos por 100 mil habitantes, contra 1.885,4 casos por 100 mil/hab entre os de sexo masculino. O grupo etário com maior incidência de casos prováveis de dengue, em residentes no DF, está na faixa etária de 70 a 79 anos com incidência de 2.410,4 casos por 100 mil habitantes seguido pelos grupos etários de 60 a 69 anos e 50 a 59 anos, com 2.338,7 e 2.327,5 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Já em relação aos locais de maior ocorrência da dengue até o momento, Ceilândia apresentou o maior número de casos prováveis (9.730), seguida de Samambaia (4.831 casos), Planaltina (2.981), São Sebastião (2.963 casos) e Taguatinga (2.914 casos). Estas cinco regiões administrativas apresentaram 44,2% (23.235) dos casos prováveis de dengue do DF. Quando se analisa apenas a região Oeste da capital, que inclui Ceilândia e Brazlândia, o aumento de casos foi mais de 1.033% em um ano.
Já as regiões do Plano Piloto, Park Way, Guará, Sudoeste, Santa Maria, Jardim Botânico e Sobradinho são as que registram menor incidência da doença, abaixo dos 100,9 casos por 100 mil habitantes.
Sobre a dengue
A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Anualmente são registrados em média 50 milhões de casos em todo o mundo. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito, um mosquito urbano e diurno que se reproduz em depósitos de água parada.
Os principais sintomas são febre alta, dores de cabeça e no corpo, dor atrás do olhos, fraqueza, falta de apetite, náuseas, manchas pelo corpo e coceira. Nas suas versões mais graves, que incluem a dengue hemorrágica, as pessoas infectadas podem sentir dores abdominais intensas, tonturas, desmaios, sangramentos de gengiva, nariz e outras hemorragias.
A dengue é uma doença viral, o tratamento é feito para aliviar os sintomas, por meio da prescrição de antitérmicos, ingestão de líquidos e repouso.
A Secretaria de Saúde do DF recomenda que, ao primeiro sinal dos sintomas, o paciente procure um médico ou o serviço de saúde mais próximo.
Como não existem medicamentos nem vacina contra a dengue, a principal forma de prevenção é a eliminação das condições para reprodução dos mosquito. Água parada e ambientes com entulhos e acúmulo de lixo são condições ideais para o desenvolvimento do mosquito. Veja as principais orientações por parte da SES-DF:
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Edição: Flávia Quirino