Organizações de mulheres do Distrito Federal realizam nesta quinta-feira, 23, um ato em protesto contra o caso da menina de 11 anos em Santa Catarina, que teve o direito ao aborto legal, gravidez decorrente de estupro, negado pela justiça.
A manifestação acontece às 17h30 na Praça dos Três Poderes, em frente ao Superior Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Os atos são em repúdio a conduta da juíza Joana Ribeiro Zimmer contra uma criança de 11 anos, que busca o acesso ao direito à interrupção da gravidez resultante de estupro. O caso veio à público após uma reportagem do Portal Catarinas e The Intercept Brasil.
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“O que mais assusta nesse caso, é a violência institucional, porque quando é uma juíza, quando é uma representante máxima do Judiciário que impede que uma criança acesse um direito básico médico, que é garantido por Lei, que chantageia, agride essa família é de uma indignação que a sociedade inteira precisa se manifestar”, destaca a secretária de Mulheres da CUT-DF, Thaisa Magalhães.
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Entenda
Por meio de fonte anônima, a equipe de reportagem do Intercept Brasil e do Portal Catarinas teve acesso a um vídeo da audiência em que a menina foi ouvida.
Nas gravações é possível ouvir a juíza fazer à menina perguntas como "você suportaria ficar mais um pouquinho?" ou "você acha que o pai do bebê concordaria pra entrega para adoção?". O "pai", no caso, é o homem que a estuprou.
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Edição: Flávia Quirino