Em junho, o valor do conjunto dos alimentos básicos ficou praticamente estável em Brasília, com alta de 0,29%. Com isso, o valor da cesta básica na capital brasileira está em R$ 698,36, a sétima mais cara do país, segundo a pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apenas em 2022, a cesta básica vendida em Brasília acumula alta de 12,36% e de 19,38% em 12 meses.
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo médio em junho (R$ 777,01), seguida por Florianópolis (R$ 760,41), Porto Alegre (R$ 754,19) e Rio de Janeiro (R$ 733,14). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 549,91), Salvador (R$ 580,82) e João Pessoa (R$ 586,73).
Pelos cálculos do Dieese, em junho de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.527, ou 5,39 vezes o mínimo atual, de R$ 1.212.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 121 horas e 26 minutos em junho, mas em Brasília esse tempo chega a ser 126 horas e 46 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional que vive no Distrito Federal comprometeu em média mais de 62% do salário para adquirir os produtos da cesta de alimentos.
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Edição: Flávia Quirino