O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta sexta-feira (15) que as eleições deste ano, que vão ocorrer no dia 2 de outubro - em 1º turno - têm 156.454.011 de eleitores e eleitoras cadastrados e aptos a votar.
De acordo com o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, os números demonstram “a pujança cívica da cidadania” e correspondem ao maior eleitorado cadastrado da história brasileira.
Neste ano, estão em disputa os cargos de presidente da República, governador, senador deputado federal e deputado estadual (no caso do DF, deputado distrital).
"Este é mais um serviço que a Justiça Eleitoral presta, como tem feito em 90 anos de existência, e em mais de 25 anos do sistema eletrônico de votação em prol da democracia, em prol de um sistema seguro, transparente e auditável”, ressaltou Fachin, em vídeo divulgado pelo TSE.
O eleitorado brasileiro está distribuído em 5.570 cidades, além de 181 cidades no exterior. A votação vai ocorrer em 496.512 mil seções eleitorais distribuídas em 2.637 mil zonas eleitorais.
Segundo as estatísticas da Justiça Eleitoral, houve um aumento de 6,21% do eleitorado desde as últimas eleições gerais do país, em 2018. Naquele pleito, o número de eleitoras e eleitores habilitados a votar era de 147.306.275 milhões.
Para 2022, amparados pela Resolução TSE n° 23.696/2022, 4.159.079 milhões de eleitores tiveram o cancelamento do título revertido para as eleições deste ano diante do contexto da pandemia de covid-19. Nos últimos quatro anos, o eleitorado no exterior também cresceu. Saltou de 500.727 mil em 2018 para 697.078 mil em 2022, o que representa um aumento de 39,21%. Esses 697 mil brasileiros correspondem a 0,45% do eleitorado total apto a votar neste ano.
Mulheres são maioria
O Cadastro Eleitoral de 2022 mostra que, mais uma vez, a maior parte do eleitorado brasileiro é composta por mulheres. Ao todo, são 82.373.164 milhões de eleitoras, o que equivale a 52,65% do total. Já os homens são 74.044.065 milhões, sendo 47,33%. Há ainda outros 36.782 mil votantes sem informação, num total de 0,02%.
Nome social
Pela terceira eleição consecutiva, a Justiça Eleitoral vai assegurar que pessoas transgênero, transexuais e travestis tenham o nome social impresso no título de eleitor e no caderno de votação.
Neste ano, 37.646 eleitores farão uso do nome social, número que representa 0,02% do eleitorado apto. Em 2018 esse número foi de 7.945 pessoas, um aumento total de 29.701 mil pessoas que optaram pelo nome social ao se registrarem ou atualizarem os dados na Justiça Eleitoral. Na divisão por gênero, são 20.129 mil eleitoras e 17.517 mil eleitores que utilizarão o nome social nas Eleições 2022.
Distribuição geográfica
O estado de São Paulo continua a ser o maior colégio eleitoral brasileiro, com 22,16% de todos os eleitores. Isso significa que, a cada cinco votantes no país, um reside em São Paulo. Em seguida aparecem os estados de Minas Gerais, com 10,41% do total de eleitores e Rio de Janeiro, com 8,2%. Ao todo, a região Sudeste concentra 42,64% de todo o eleitorado nacional.
Em contrapartida, os três estados com menor eleitorado estão na região Norte, que responde por apenas 8,03% dos eleitores. Roraima (0,23%), Amapá (0,35%) e Acre (0,38%) são as unidades da Federação com menos eleitores, respectivamente. Ainda com relação às regiões, o Nordeste vem logo após o Sudeste, com 27,11% do eleitorado. Na sequência aparecem o Sul (14,42%), Norte (8,03%) e Centro-Oeste (7,38%).
Entre os municípios brasileiros, São Paulo também detém o maior número de eleitoras e eleitores, com 9.314.259 milhões de pessoas. Em seguida aparecem Rio de Janeiro (5.002.621 milhões), Brasília (2.203.045 milhões), Belo Horizonte (2.006.854 milhões) e Salvador (1.983.198 milhões).
Os menores colégios eleitorais estão nos municípios de Borá (SP), com 1.040 mil; Araguainha (MT), com 1.042 mil; Serra da Saudade (MG), que tem 1.107 mil, Engenho Velho, com 1.213 mil e Anhanguera, com 1.234 mil.
Voto facultativo
No Brasil, o voto é facultativo para os jovens de 16 e 17 anos, para as pessoas acima dos 70 anos e para os analfabetos. Nas eleições deste ano, 2.116.781 milhões de jovens anos poderão votar. Em 2018, essa faixa etária alcançou 1.400.617. Esse número corresponde aos eleitores com 16 e 17 anos que terão essa idade no dia 2 de outubro, data do primeiro turno do pleito.
Em relação a 2018 houve um crescimento de 51,13% nessa faixa etária do eleitorado. Nos últimos meses, uma campanha do TSE, apoiada por diversos artistas, estimulou os jovens a tirarem o título de eleitor, aumentando essa base de eleitores. A Justiça Eleitoral ainda disponibilizou o registro de novos títulos de forma rápida diretamente pela internet. No Distrito Federal, o número de jovens eleitores saltou 158% em relação ao pleito anterior.
O eleitorado acima de 70 anos também cresceu. O salto foi de 23,82%, chegando 14.893.281 de pessoas nessa faixa etária em 2022. Esse número representa 9,52% de todo o eleitorado apto a votar no dia 2 de outubro.
Biometria
O TSE também informou que três em cada quatro eleitores já fizeram a identificação biométrica na Justiça Eleitoral. Ao todo, 118.151.926 milhões serão identificados por meio das impressões digitais, o que corresponde a 75,51% do total. Outros 38.320.884 milhões de brasileiros, ou 24,48%, ainda estão sem biometria.
Em relação aos anos anteriores, o quantitativo subiu consideravelmente. Em 2018 eram 59,31% do eleitorado com a biometria completa, e em 2004 eram apenas 16,7% do contingente de eleitores alistados. Em relação aos 5.570 municípios brasileiros, em 2022 um total de 4.510 cidades contam biometria, o que dá 80,97%. Há ainda 998 municípios híbridos (17,92%) e outros 62 sem biometria (1,11%). Dezoito estados brasileiros contam com a biometria em todos os municípios.
Escolaridade
Quanto ao grau de instrução, os dados do cadastro eleitoral a maior parcela do eleitorado se concentra entre aqueles que declararam possuir o ensino médio completo. São 41.161.552 milhões, o equivalente a 26,31% do total. Nas eleições anteriores, em 2018 e 2014, a principal faixa do eleitorado era aquela composta por pessoas com o ensino fundamental incompleto.
Neste ano, as brasileiras e os brasileiros que disseram contar apenas com o ensino fundamental incompleto alcançaram a marca de 35.930.401, correspondente a 22,97% de todo o eleitorado. Na sequência, 26.049.309 de eleitores afirmaram ter o ensino médio incompleto (16,65%) e outros 17.127.128 declararam ter o ensino superior completo (10,95%).
Pessoas com deficiência
Para as eleições 2022, 1.271.381 eleitoras e eleitores declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, um crescimento de 331.466 mil pessoas em relação a 2018, quando 939.915 mil pessoas afirmaram estar nessas condições, um aumento de 35,27%.
Na divisão por gênero, são 642.441 mulheres e 628.827 homens que disseram precisar de atendimento ou condições especiais para votar, além de outras 113 pessoas sem informação de gênero. Esses eleitores, que correspondem a 0,81% do total apto a votar em outubro, podem, inclusive, exercer o voto em seções adaptadas pela Justiça Eleitoral para atendimento das necessidades apresentadas.
De acordo com o calendário eleitoral, o eleitor nessa situação tem até o dia 18 de agosto para solicitar transferência para uma seção com acesso facilitado.
Voto em trânsito
Ainda segundo o TSE, o prazo para pedir para votar em trânsito nas eleições deste começa a partir da próxima segunda-feira (18) e vai até 18 de agosto. Esse procedimento possibilita aos eleitores que estão fora dos domicílios eleitorais o voto em urnas especialmente instaladas em capitais ou municípios com mais de 100 mil eleitores. Os pedidos devem ser feitos presencialmente nos cartórios eleitorais.
Se o eleitor estiver fora da cidade, mas dentro do estado em que vota, o voto em trânsito garante que ele participe das eleições escolhendo candidatos para os cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal, deputado estadual ou deputado distrital. Já nos casos em que o voto for acontecer em outro estado, os eleitores poderão votar apenas para presidente da República.
O TSE informou que não é possível votar em trânsito fora do Brasil. No entanto, quem tem o título de eleitor cadastrado no exterior, mas estiver em trânsito no território brasileiro, poderá votar na eleição para o cargo de presidente da República, desde que habilitado dentro do prazo.
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Edição: Flávia Quirino