A campanha Despejo Zero DF denunciou mais uma ação de desocupação ilegal no Distrito Federal. O despejo aconteceu no Quinhão 23 , em Santa Maria, na manhã desta sexta-feira (29).
A denúncia foi postada no Instagram da Campanha. As imagens mostram servidores do DF Legal chegando a uma casa com marretas e outras ferramentas. Alguns arrombam a porta enquanto outros arrancam a cerca de placas que delimita o terreno. “Arrebentaram a porta dela. Chutaram, entraram... arrebentaram”, comenta uma mulher no vídeo.
Outra gravação mostra uma pá-carregadeira se posicionando para demolir a casa de tijolos construída no terreno. Na denúncia, há relatos de moradores afirmando que um agente do DF Legal teria se passado por policial militar.
“Esse cara não é sargento, ele é do DF Legal. Como ele tava desacatando os moradores e a galera tava filmando tudo, ele entrou pra dentro do carro e colocou o colete da polícia”. [sic]
“Ele foi pra delegacia também, e a mulher que foi agredida, ele colocou ela como se ela tivesse desacatado ele. Ela está presa agora”. [sic]
As afirmações são de moradores que tiveram seus nomes mantidos em sigilo.
:: Artigo | Por um DF sem despejos ::
De acordo com a Despejo Zero, a ação desta sexta foi mais um despejo ilegal. O GDF estaria desrespeitando a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828 do STF, que prorrogou a suspensão de despejos e desocupações até 31 de outubro de 2022, por causa da pandemia de covid-19.
A reportagem do Brasil de Fato DF questionou o GDF sobre o motivo do despejo ilegal e também por que o servidor do DF legal teria se passado por policial militar, tendo até mesmo um colete da PM no carro, como denunciaram os moradores. Até o fechamento desta matéria as respostas não haviam sido enviadas.
Confira a denúncia abaixo.
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Edição: Flávia Quirino