Estudantes, professores e movimentos populares que integram as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo realizaram nesta quinta-feira (11) em Brasília (DF) um ato contra os ataques do presidente Jair Bolsonaro à democracia brasileira e o desmonte da educação pública promovida por sua gestão.
Centenas de manifestantes ocuparam o Eixo Monumental em caminhada até a Esplanada dos Ministérios onde foi feito um ato político em frente ao Congresso.
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“Dos movimentos que hoje estão mobilizados em defesa da democracia, o movimento estudantil é o que mais lutou e resistiu durante o período da ditadura militar e foi isso que possibilitou que estejamos aqui hoje”, ressaltou Regina Ávila, secretária geral do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Formado em sua maioria por estudantes, o ato ocorreu em uma data simbólica. O dia 11 de agosto é o Dia Nacional do Estudante. Ocorreu hoje também, em várias capitais brasileiras, a leitura da Carta em Defesa da Democracia, que já reúne mais de 1 milhão de assinaturas.
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“É um grande absurdo o presidente da Nação ser contra a Nação e a favor de si próprio e de sua família. Então, queremos ele fora do poder, com direitos políticos cassados e inelegível", protestou a estudante Isadora Castelo Branco.
Movimentos sociais, sindicais, partidos e organizações populares participaram do ato. Com palavras de ordem de "fora, Bolsonaro" eles protestaram contra o desmonte da educação pública.
Para Sofia Cartaxo, militante do Levante Popular da Juventude e membro do DCE da Universidade de Brasília, é preciso reivindicar uma universidade para todas as pessoas. "Queremos uma universidade pública, de qualidade e popular e pra isso a gente precisa de um governo democrático, de uma eleição democrática. Nós precisamos de uma universidade com investimento, com assistência estudantil, precisamos do nosso povo lá dentro, de ementas com o nosso povo escrevendo, precisamos ser formados e formar uma universidade nossa", disse.
A estudante de astronomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gabriela Rufino Travassos, disse que a instituição corre o risco de não abrir as portas no próximo semestre “devido ao desmonte e aos cortes que o Governo Bolsonaro promoveu na educação. A UFRJ corre o risco de fechar as portas”
"O ato foi marcado por diversas entidades que reafirmaram o compromisso com a democracia, com a reconstrução nacional, a defesa intransigente da educação pública e de qualidade. O dia de hoje foi marcado pela luta dos estudantes pela educação, democracia e por um Brasil livre do neofascismo", avaliou Nonato Nascimento, membro da coordenação do Movimento Brasil Popular.
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Edição: Flávia Quirino