O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocupou na manhã desta segunda-feira (22) a sede da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) do Governo do Distrito Federal para cobrar a inclusão de milhares de famílias no programa habitacional.

A manifestação, que reuniu cerca de 500 pessoas, pela contagem do movimento, ocorreu três meses após a assinatura de um acordo entre o MTST e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), que prometia uma solução para as famílias sem moradia. 

Pelo acordo da época, ficou acertado que a a Codhab iria aplicar a totalidade das 420 unidades habitacionais da Quadra 105 do Sol Nascente, bem como 50% das unidades habitacionais Tamanduá, no Recanto da Emas, para a lista de vulnerabilidade. A Codhab também deveria encaminhar a lista integral dos integrantes do MTST colocados entre os 1 mil primeiros da lista de vulnerabilidade para serem atendidos após o encaminhamento das obras.

Segundo o MTST, no entanto, nenhuma dessas reivindicações foi atendida. A promessa anterior havia sido feita após uma grande ocupação do movimento que reuniu mais de 800 famílias em uma área pública do bairro Sol Nascente, periferia do DF.

De acordo com Eduardo Borges, da coordenação nacional do MTST, houve novamente uma reunião de representantes do GDF com integrantes do movimento durante a manhã, após a ocupação da Sedes, marcando a retomada da negociação e a configuração de uma força-tarefa entre Sedes e Codhab para cobrar o cadastramento das famílias.

Essa demanda é necessária, segundo o dirigente do movimento, porque as famílias precisam primeiramente passar pela triagem da assistência social para em seguida terem seus nomes encaminhados para a Codhab, autarquia responsável pelo programa habitacional, que também adota critérios complementares para a seleção de famílias a serem atendidas. "A gente conseguiu montar uma força-tarefa onde as duas secretarias vão trabalhar de forma conjunta", disse Borges.
  
Em nota, a Sedes informou ter recebido os representantes do movimento e sinalizou avanço no cadastramento de famílias vulneráveis ligadas ao movimento.

"A questão principal foi a solicitação de uma interlocução com a Codhab. A Secretaria e a Companhia, que atuam de maneira integrada nessa pauta, voltam a se encontrar ainda neste início de semana para alinhamento acerca das solicitações. É importante destacar que a Codhab já realizou cadastro de aproximadamente 800 famílias do MTST na Companhia. Uma listagem com os demais cadastros vai ser encaminhada à Companhia. Ressalta-se ainda, que, 50% das unidades do habitacional do Tamanduá irá atenderá a esse público", disse a pasta.

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Edição: Flávia Quirino