Distrito Federal

Eleições 2022

Ausência de Flávia e Damares é criticada em primeiro debate entre candidatos ao Senado pelo DF

Segundo apresentador, Arruda não quis participar por liderar pesquisas e Damares informou problema de saúde na família

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Seis candidatos participaram do debate; Flávia Arruda e Damares Alves não compareceram - Reprodução/Youtube

Os eleitores do Distrito Federal (DF) acompanharam nesta terça-feira (13) o primeiro debate entre os postulantes à vaga ao Senado Federal. O evento foi organizado pela rádio Sucesso News FM e mediado pelo âncora Raul Canal.

Participaram do debate os candidatos Carlos Rodrigues (PSD), Hélio José (Solidariedade), Joe Valle (PDT), Pedro Ivo (Rede) e as candidatas Rosilene Corrêa (PT) e Yara Prado (PSDB).

Apesar de liderarem as pesquisas, as candidatas Flávia Arruda (PL) e Damares Alves (Republicanos) não participaram do debate. De acordo com a Real Time Big Data, contratada pela Record TV e divulgada no início da semana, Arruda e Alves estão empatadas na margem de erro, com 28% e 22%, respectivamente.

A ausência de ambas as duas foi criticada pelos adversários. “Me parece que a prática da democracia não é algo para todo mundo. Esse exercício tão necessário, especialmente em um processo eleitoral onde a gente precisa ocupar os espaços para se apresentar aos eleitores e eleitoras”, lamentou Rosilene, do PT.

O candidato Hélio José também registrou a ausência das líderes de intenções de voto. “As duas, achando que já ganharam as eleições, desprestigiam as duas rádios mais populares de Brasília e a proposta de debate democrático”.

O âncora afirmou que a assessoria de Flávia Arruda recusou o convite já de início, alegando que não se submeteria ao debate por estar em primeiro lugar nas pesquisas.

Já Damares teria confirmado presença, mas desmarcou de última hora por problemas de saúde na família, conforme ela informou à rádio.

Debate

O formato do debate contou com quatro blocos. No primeiro, os candidatos responderam perguntas enviadas pelos ouvintes da rádio. No segundo, os postulantes responderam perguntas de convidados da plateia.

O terceiro bloco foi dedicado ao embate direto, no qual candidato perguntou para candidato. A última rodada foi reservada para considerações finais.

O primeiro a responder perguntas dos ouvintes foi Carlos Rodrigues. A questão sorteada foi sobre o apoio político dele à Presidência da República. Rodrigues afirmou que apoia o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) por seu alinhamento político à direita. “Meu voto, embora seja secreto, porque o eleitorado precisa saber de que lado estou, mas não sou do tipo de candidato que tem paixão por qualquer ideologia”, afirmou.

Em seguida, Yara Prado teve que responder sobre indicações para o Supremo Tribunal Federal (STF). No ano que vem, pelo menos uma vaga no STF terá que ser substituída após a aposentadoria da ministra Rosa Weber. “Temos que ter muito claro essa intromissão, digamos assim, essa atuação do STF para que a gente tenha seguridade de que essas decisões sejam feitas de forma constitucional”, pontuou.

O sorteado seguinte foi Pedro Ivo. Ele respondeu a um ouvinte que o questionou sobre suas bandeiras políticas. “Minha candidatura se baseia integralmente nos valores e princípios da Carta da Terra e nos objetivos do desenvolvimento sustentável”.

Na sequência, Joe Valle comentou sobre mandatos compartilhados, quando o titular cede a vaga para o suplente, como moeda de troca. “O mandato compartilhado, quando é construído coletivamente, é uma coisa benéfica. Infelizmente, o que vemos é a colocação de suplentes para colocar recursos nas campanhas e uma negociação para que eles assumam parte do mandato. Acho isso um crime”, criticou.

A pergunta sorteada para Hélio José foi sobre seu legado ao fim de um possível mandato como senador. Ele disse que pretende incentivar a geração de empregos com a industrialização do DF. “Somente o poder público não é suficiente para gerar empregos e absorver a mão de obra disponível”.

Rosilene Corrêa foi a última a responder. A questão direcionada a ela foi sobre a fiscalização de recursos aplicados no DF. Rosilene, que está em terceiro lugar nas pesquisas, afirmou que pretende manter um mandato com participação popular.

“Além de fiscalizar, também é preciso ouvir a população sobre onde os recursos precisam ser aplicados. O meu papel vai ser buscar recursos para mais empregos, desenvolvimento, creche para as crianças e fiscalizar, independentemente de quem esteja governando”, finalizou.

O debate na íntegra está disponível.

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Edição: Flávia Quirino