Distrito Federal

Defesa da família?

DF: Veja como votaram os parlamentares sobre urgência de PL que torna pedofilia crime hediondo

Aliados de Bolsonaro votam contra antecipação da apreciação de projeto de lei, que está na pauta do Plenário desde maio

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Painel com o resultado da votação - Foto: Elaine Menke/Câmara do Deputados

Deputados da base do governo votaram contra antecipação da apreciação do Projeto de Lei (PL) 1776/2015 que propõe tornar a pedofilia um crime hediondo. Segundo a deputada Erika Kokay (PT-DF), a negativa dos deputados aliados ao governo em antecipar a pauta ocorreu "porque o presidente da República está sendo acusado de pedofilia".

A votação do pedido de urgência para antecipar a apreciação do PL aconteceu na quarta-feira (19) e foi protocolada pela bancada do PT. Foram 137 votos a favor e 224 contrários. A oposição, formada por PT, PSOL, PCdoB e Cidadania, votou em bloco a favor. Já do PL, partido de Jair Bolsonaro, apenas cinco deputados votaram a favor, dentre eles Flávia Arruda (PL-DF). Paulo Freire Costa (PL-SP), um dos autores do PL 1776/2015, votou contra.

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Dos deputados do Distrito Federal, três votaram a favor e três contra. Erika Kokay (PT), Flávia Arruda (PL) e Professor Israel Batista (PSB) se posicionaram favoravelmente à antecipação. Já os deputados Bia Kicis (PL), Luis Miranda (Republicanos) e Paula Belmonte (Cidadania) votaram contra. Celina Leão (PP) e Júlio César Ribeiro (Republicanos) estavam presentes na sessão, mas não votaram.

"Vamos deixar de proteger os pedófilos, vamos deixar de proteger. Esses que fizeram o projeto agora não querem apreciá-lo porque o presidente da República está sendo acusado de pedofilia. Então vamos enfrentar, nós somos contra a pedofilia e estamos aqui para defender o direito das crianças e adolescentes que estão sendo desrespeitados", afirmou a deputada Erika Kokay (PT-DF). Ela faz referência ao vídeo veiculado neste sábado (15) em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirma ter "pintado um clima" entre ele e meninas venezuelanas em uma visita a São Sebastião (DF).

O PL 1776/2015 tramita no Legislativo desde 2015, quando foi proposto pelos deputados Paulo Freire (PL-SP) e Clarissa Garotinho (UNIÃO-RJ) e entrou na pauta do Plenário em maio deste ano, mas ainda não foi apreciado. Incluir a pedofilia no rol dos crimes hediondos significaria aumentar a pena para esse crime. Além disso, o texto propõe que a pena seja cumprida inicialmente em regime fechado.

Veja como votaram parlamentares do DF no requerimento de urgência que pediu a apreciação imediata do PL que torna a pedofilia crime hediondo:

Erika Kokay (PT) - a favor

Flávia Arruda (PL) - a favor

Professor Israel Batista (PSB) - a favor

Bia Kicis (PL) - contra

Luis Miranda (Republicanos) - contra

Paula Belmonte (Cidadania) - contra

Celina Leão (PP) - não votou

Júlio César Ribeiro (Republicanos) - não votou

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Edição: Flávia Quirino