O Ministério Público Federal (MPF) criou, nesta quarta-feira (2), um grupo de apoio institucional para apurar possíveis crimes envolvendo o fechamento de rodovias federais no Distrito Federal por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que não aceitam a derrota nas urnas do mandatário, que perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último domingo (30).
Segundo o MPF, serão investigados "eventuais atos em violação ao Estado de Direito, às instituições democráticas e à ordem social", não apenas por parte de manifestantes, mas também análise da atuação de forças policiais no episódio. O grupo é composto por nove procuradores lotados na Procuradoria da República no Distrito Federal. A portaria de criação foi assinada pela procuradora-chefe da unidade, Anna Paula Coutinho de Barcelos.
Comporão o grupo os seguintes procuradores: Frederico Paiva, Mário Alves Medeiros, Pablo Coutinho Barreto, Caio Vaez Dias, Ana Carolina Resende Maia, Márcia Brandão, Luciana Loureiro, João Gabriel Moraes de Queiroz e Felipe Fritz.
Na última terça-feira (1º), o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que os bloqueios de manifestantes bolsonaristas nas rodovias do DF eram ilegais e que as forças de segurança estaria autorizadas a agir para desobstruir as vias. O DF chegou a registrar oito pontos de interdição ou bloqueio total de estradas federais que cortam a região, mas, segundo o balanço mais recente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), atualizado na manhã desta quinta-feira (3), não há mais interrupções de rodovias na capital do país.
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Edição: Flávia Quirino