Começou na segunda-feira (14) a 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, considerado o mais longevo festival de cinema do Brasil. Ao todo, foram selecionados 42 filmes, que serão exibidos até o dia 20. Além disso, a programação conta com oficinas e debates.
O homenageado da edição deste ano é o cineasta Jorge Bodanzky, que realiza produções ligadas à questões ambientais, documentando a Amazônia. Segundo a organização do evento, o objetivo do Festival é levar ao público o debate a respeito da reconstrução de políticas do audiovisual brasileiro.
“Mesmo em seus momentos mais desafiadores, o cinema brasileiro resistiu na urgência de retratar os caminhos deste país imenso e plural. Tempos turbulentos ameaçaram não só o audiovisual nacional, mas toda a cadeia produtiva da cultura. Ainda enfrentando a tempestade do desconhecido, terminamos o ano 2022 com esperança de novos rumos para o mercado audiovisual. E o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro mais uma vez será palco para o debate dos caminhos que levam o audiovisual à agenda pública brasileira”, afirma.
A exibição dos filmes selecionados para a Mostra Competitiva, nas categorias curta e longa-metragem, acontecem em sessões no Cine Brasília. Os ingressos podem ser comprados duas horas antes da exibição, exclusivamente na bilheteria do cinema, e custam R$20 a inteira e R$10 a meia.
Os filmes serão premiados em várias categorias, como melhor longa, melhor curta, melhor atriz, melhor direção, melhor fotografia, entre outras. Além do Júri Oficial, composto por grandes nomes do cinema brasileiro, haverá também um Júri Popular, em que o público presente nas sessões poderá dar uma nota de 1 a 5 para os filmes exibidos.
De forma inédita na história do festival, foram selecionadas duas produções do Distrito Federal na categoria de longas-metragem: “Mato seco em chamas”, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, obra futurista que explora os impactos da presença da extrema-direita em ambientes de favela; e “Rumo”, de Bruno Victor e Marcus Azevedo, sobre a trajetória de implementação das cotas raciais em universidades brasileiras. "Rumo" será exibido nesta quinta-feira (16), às 20h30.
Haverá também a entrega do Prêmio Zózimo Bulbul, concedido por um júri escolhido pela Apan (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro e do Centro Afrocarioca de Cinema), composto pela realizadora cuiabana Paula Dias, a produtora audiovisual do DF Adriana Gomes e o coordenador de projetos do Centro AfroCarioca Vitor José. O objetivo é premiar o o corpo negro na frente e por trás das câmeras e a inovação estética e narrativa na abordagem das subjetividades negras.
Paralelamente, acontece a Mostra Brasília, com uma seleção de quatro longas e oito curtas-metragens produzidos no Distrito Federal que concorrem a 13 troféus Candango e R$240 mil em prêmios concedidos pela Câmara Legislativa do DF, distribuídos em diferentes categorias. Para essas sessões, haverá distribuição gratuita de ingressos, sempre a partir das 16h.
A programação completa pode ser conferida no site do Festival aqui.
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Edição: Flávia Quirino