Na manhã desta quinta-feira (8), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), pessoas físicas, organizações sociais e sindicais, movimentos sociais e político partidários entregam um manifesto à equipe de transição em apoio à indicação da Deputada Federal Erika Jucá Kokay (PT/DF), para o cargo de Ministra da República, na pasta de Direitos Humanos.
Na carta endereçada a Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito da República Federativa do Brasil, as organizações justificam a indicação da deputada federal por “seu compromisso na defesa inabalável dos direitos humanos em todos os espaços de atuação por ela ocupados”.
O manifesto já conta com mais de 180 assinaturas entre sociedade civil, MST, Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Movimento Nacional de Meninos e Meninas em Situação de Rua, movimentos acadêmicos, comissões de direitos humanos entre outros.
Alessandra Farias, advogada popular e do Setor de Direitos Humanos do MST DF, afirma que Érika é a pessoa mais qualificada hoje para assumir esse Ministério, não só pelo simbolismo, mas também pela competência e história de vida e de luta.
“Iniciamos um diálogo da necessidade de se construir um nome para o Ministério de Direitos Humanos forte que de fato representasse a pauta. Precisamos revolucionar e ressignificar o que Damares destruiu. E ninguém mais que a Erika Kokay conseguiria fazer isso. Erika é uma incansável combatente que esteve à frente de todas as pautas dos direitos humanos no Congresso Nacional. Nós merecemos, o Brasil merece ter alguém a altura da deputada no MDH”
Com a finalidade ser uma escolha assertiva para uma pasta tão importante, Lúcio Costa, diretor executivo do Desinstitute - direitos humanos e saúde mental, também defende que Érika é a mais contundente para assumir o cargo.
Currículo de peso
A participação de Erika Kokay na luta por direitos humanos é histórica. Ela é militante antiga da rede de entidades internacionais, nacionais, estaduais e municipais de formulação, controle social, gestão e pesquisa e, sobretudo, de defesa dos direitos humanos. Como deputada federal, ela atua com os diversos segmentos vulneráveis e secularmente violados em seus direitos étnicos, territoriais, ambientais, de orientação sexual, privados de liberdade, com transtornos mentais e direitos elementares, como o direito humano de se alimentar.
Natural de Fortaleza (CE), reside no DF desde 1975 e já em 1976 ingressou no Movimento Estudantil da Universidade de Brasília (UnB). Atuante na luta do movimento estudantil contra a ditadura militar, só conseguiu concluir o curso de Psicologia em 1988, após a Anistia. Foi presidenta do Sindicato dos Bancários de Brasília por dois mandatos, onde organizou a primeira greve da Caixa Econômica Federal (CEF). Depois ocupou o cargo de Secretária-Geral da Confederação Nacional dos Bancários e Presidenta da CUT-DF.
No campo legislativo, elegeu-se duas vezes como Deputada Distrital, nas eleições de 2002 e 2006, e teve seus mandatos marcados pelo forte apoio às demandas dos movimentos populares, defesa dos direitos trabalhistas, direitos sociais e direitos humanos.
Na Câmara dos Deputados foi eleita para quatro mandatos: 2011-2014; 2015-2018; 2019-2022 e 2023-2026, um marco para a esquerda no Distrito Federal e para o PT/DF.
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Edição: Flávia Quirino