Distrito Federal

Desmonte

Ato em frente ao MEC reuniu estudantes e trabalhadores da Educação em defesa da Universidade

Mobilização aconteceu em resposta aos mais de R$17 milhões que foram cortados das contas da UnB

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Alunas que defendem os investimentos no MEC - Thamy Frisselli

Movimento estudantil e outras entidades, compareceram em frente ao Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (8), em manifestação contra os ataques do governo Federal às instituições públicas, que atingem as populações mais vulneráveis socialmente e economicamente.

Estavam presentes alunos, professores, técnicos e funcionários terceirizados, cobrando uma resposta da comunidade acadêmica diante dos cortes realizados pelo governo Bolsonaro nas contas das universidades. Os manifestantes reivindicaram contra o bloqueio de R$17 milhões das contas da Universidade de Brasília. 

Segundo a reitoria da instituição, o contingenciamento impossibilita o pagamento de auxílio estudantil e de contratos do Restaurante Universitário, da segurança, da manutenção e da limpeza dos prédios. Também não há recursos para pagar bolsas de pesquisas e salários de funcionários terceirizados. 

De acordo com Rochelaine Silva, 19 anos, estudante da UnB, o investimento do governo com a educação não é gasto. “Hoje eu só estudo em uma universidade pública porque ainda há muita coisa por trás dos gastos que me ajudam a prosseguir com os estudos, como um lugar limpo e comida mais em conta”, explana.

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O novo corte de verbas aconteceu no mesmo dia em que o governo recuou e liberou os R$366 milhões que haviam sido bloqueados das contas das universidades na segunda-feira (28), durante jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

A professora Eliene Novaes, presidenta da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB -S.Sind) disse que encontrou muita dificuldade na realização do ato devido à truculência da Polícia Militar que não deixou os estudantes ocuparem a frente do do MEC.

“Estamos aqui junto com estudantes e profissionais para denunciar os absurdos do governo Bolsonaro, inimigo da educação, que usa os cortes no orçamento como vingança contra as universidades, atacando só na UnB, por exemplo, com cortes de R$ 17 milhões impactando diretamente na concessão de bolsas dos estudantes da graduação e da pós-graduação, impedindo a universidade de garantir as condições de sobrevivência e atacando diretamente nos salários dos terceirizados, da limpeza, da portaria, da segurança, ou seja um  governo que desmoraliza a educação”.

Capes

No início da noite desta quinta-feira (8), o Ministério da Educação (MEC) anunciou a liberação de R$ 210 milhões para o pagamento de 200 mil bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), referente a dezembro. O pagamento, de acordo com informações divulgadas pelo MEC deve ser realizado na terça-feira (13). Vinculada ao MEC, a Capes é uma das instituições mais afetadas pelos bloqueios orçamentários federais.

Com informações da Agência Brasil

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Edição: Flávia Quirino