Que possamos seguir construindo aquilo que queremos e idealizamos para um futuro melhor.
Uma pequena fonte que brota o novo. Que cortará terras, traçando linhas e deixará marcas. Se tornará grande, percorrendo caminhos inimagináveis até encontrar o grande mar. Assim somos nós.
Somos frutos de amores, que traçaram suas histórias. Somos nós as marcas deixadas, sejam elas boas ou ruins, somos nós que trilharemos novos percursos até encontrarmos o grande mar.
Não somos donos do destino, somos incapazes de sermos algo único e perfeito. Muitas vezes deixamos de ser o Rio e nos tornamos galhos secos ou um pau torto que segue a deriva do curso do rio sem saber para onde ir. Temos medo do erro, principalmente dos nossos erros e medos.
Não tenhamos medo, é com nossos erros que crescemos. Grandes descobertas da ciência vem a partir da persistência do erro. Temos essa conduta geracional do que ruim deixamos e seguimos com o que é bom. Mas será que sempre fomos bons ou somos resultado da persistência de um erro?
Passamos por anos difíceis, que vem resultando em mudanças árduas e duras. Não devemos e não podemos deixar o erro de lado e seguir, temos de aprender, persistir e assim aprender a buscar o crescimento e fortalecimento do que é certo.
Nenhum rio muda seu percurso por ter um pau torto em seu curso. Ele o torna parte de sua história, sendo ponte que liga lugares e povos. Não tenhamos medo de dialogar, persistir e construir juntos. Nada foi construído sozinho. Como diz o ditado: “Uma andorinha sozinha, não faz verão”.
Que possamos seguir construindo aquilo que queremos e idealizamos para um futuro melhor. Fácil não foi, não é e não será, mas temos braços para lutar, vozes para gritar e povo para sonhar.
Não sabemos onde é o grande mar ou se terá o encontro com ele. Mas que possamos aproveitar cada curva desse percurso e que assim, possamos desaguar nesse mar da esperança, sabedoria e democracia.
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*A Cia Burlesca é uma companhia de teatro político do Distrito Federal.
**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato DF.
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Edição: Flávia Quirino