Dos 8 deputados federais que compõem a bancada do Distrito Federal na Câmara do Deputados, cinco votaram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que libera recursos fora da regra do teto de gastos para custear a manutenção do Bolsa Família de R$ 600. A votação em primeiro turno ocorreu na noite desta terça-feira (20).
Ao todo, foram 331 votos a favor e 168 contrários. A PEC precisava do apoio mínimo de 308 parlamentares. Pelo DF, foram contrários à medida as deputadas Bia Kicis (PL), Paula Belmonte (Cidadania) e Celina Leão (PP), esta última eleita vice-governadora, além dos deputados Júlio César Ribeiro (Republicanos) e Luís Miranda (Republicanos).
Já quem votou a favor da medida que viabiliza o benefício às famílias mais vulneráveis foram Érika Kokay (PT), Israel Batista (PSB) e Flávia Arruda (PL).
"Não é uma vitória do governo Lula, mas uma vitória do povo brasileiro, especialmente, dos que mais precisam. Passo muito importante para reconstruir o Brasil!", destacou Érika Kokay sobre a aprovação da PEC.
A proposta estabelece que o novo governo terá R$ 145 bilhões para além do teto, dos quais R$ 70 bilhões serão para custear o benefício social de R$ 600 reais com um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. A PEC também abre espaço fiscal para outros R$ 23 bilhões em investimentos pelo prazo de dois anos e não por quatro anos, como queria equipe de transição.
A manutenção do auxílio em R$ 600 foi uma promessa tanto do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto do candidato derrotado à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). A PEC ainda precisa ser aprovada em um segundo turno de votação na Câmara dos Deputados, o que deve ocorrer ainda nesta quarta-feira (21).
A deputada Bia Kicis, que foi favorável ao furo do teto de gastos na votação deste ano, que elevou o benefício social para R$ 600, numa tentativa desesperada do governo Bolsonaro de ganhar a eleição, dessa vez foi contra a manutenção da medida, que atende aos mais vulneráveis. "Os mais pobres serão os mais afetados pela inflação, a volta do desemprego e os juros elevados", justificou.
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Edição: Flávia Quirino