Após mais de dois meses, e uma tentativa frustrada de golpe contra a democracia, o acampamento de bolsonaristas radicais em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília, foi finalmente desmobilizado pelas autoridades na manhã desta segunda-feira (9).
A ação cumpre uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia dado 24 horas para a dissolução de todos os acampamentos golpistas montados no país. Na mesma decisão, Moraes também mandou afastar o governador Ibaneis Rocha (MDB) do cargo por 90 dias, por ter se omitido na preservação da ordem pública na capital.
Com um forte aparato de policiais militares e militares do Exército, barracas e estrutura foram desmontadas. Quem estava no local acampado também foi detido. Ao todo, cerca 1,2 mil pessoas foram levadas em cerca de 50 ônibus para a Departamento de Polícia Especializadas (DPE), da Polícia Civil. Todos eles serão identificados e prestarão depoimento. Se houver comprovação de envolvimento nos atos criminosos, eles poderão ser presos.
No balanço mais recente, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que 300 pessoas foram conduzidas ao Complexo da PCDF ainda no domingo (8), por envolvimento nos atos vandalismo na Praça dos Três Poderes. Todos passarão por exame de corpo de delito no IML/PCDF e sendo identificados e ouvidos nos autos do inquérito que investiga os atos criminosos ocorridos na Esplanada dos Ministérios. Cerca de 200 pessoas tiveram prisões em flagrante decretadas e foram encaminhadas à carceragem da polícia. Elas devem ser deslocadas para o Complexo Penitenciário da Papuda.
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Edição: Flávia Quirino