Após nova assembleia do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (SINDESV-DF), realizada nesta quarta-feira (25), a categoria entrou em estado de greve, o que significa que a qualquer momento podem paralisar as atividades por tempo indeterminado. O maior impacto de uma greve geral dos vigilantes, que somam cerca de 20 mil trabalhadores, seria em bancos, hospitais e ministérios.
De acordo com a assessoria do SINDESV-DF, o Sindicato vai solicitar a intermediação do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT 10). Após a audiência, outra assembleia com a categoria deve ser convocada.
Caso a greve seja confirmada, uma determinação da Justiça deve indicar o número de efetivos que devem ser mantidos nos dias de paralisação.
Reivindicações
Em denúncia feita ao Brasil de Fato DF, vigilantes revelaram a falta de pagamento de salários por parte da empresa Ipanema Segurança LTDA. “Estamos sofrendo demais. Muitos pais de família que não sabem a quem recorrer, pois o GDF e a Secretaria de Saúde sabem e não tomam providências enquanto a mídia não expõe os fatos”, denunciou um trabalhador, que preferiu não ser identificado.
De acordo com o presidente do SINDESV-DF, o atraso no pagamento dos trabalhadores, além de ser uma situação recorrente, não acontece apenas com a empresa Ipanema.
"Outras empresas que também prestam serviço na Secretaria de Saúde do DF, atrasam salários praticamente todos os meses e só pagam mediante paralisações, negociações com o GDF ou ainda quando anunciamos que vamos paralisar as atividades. Aqui no DF, médicos e demais profissionais da saúde que trabalham em hospitais, postos, centros de saúde e upas, se recusam a trabalhar sem vigilante, dada a importância da atividade de segurança privada na defesa do patrimônio e na segurança desses profissionais. Então, são Ipanema, Visan, Brasília, Aval, dentre outras que atrasam constantemente salários e benefícios", conta.
Além disso, a categoria está insatisfeita com a negociação da convenção coletiva. Os sindicalistas avaliaram a proposta enviada pelas empresas como impraticável, pois altera “cláusulas inegociáveis e que foram fruto de luta ao longo da existência desta entidade”.
Dentre as alterações propostas pelas empresas, estão o pagamento de seguro de vida somente em caso de morte em serviço; o trabalho intermitente, já rejeitado pela categoria anteriormente; e modificações nos planos de saúde dos vigilantes.
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Edição: Flávia Quirino