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Mobilidade

CLDF terá audiência pública para discutir transporte para UNB e IFB

Frequência dos ônibus e situação do Entorno são demandas estudantis

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Comissão de Transporte da CLDF - Figueiredo/CLDF

Durante a primeira reunião da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Câmara Legislativa ocorrida, nesta quarta-feira (8), foi aprovada a realização de uma audiência pública para debater sobre o transporte público. O evento ocorrerá no dia 3 de abril, no auditório da Câmara e terá como foco discutir o transporte para a Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Federal de Brasília (IFB).

De acordo com o presidente da Comissão, deputado Max Maciel (PSOL), a audiência será importante para se repensar o transporte público que atende a UNB e IFB. “Precisamos ouvir a demanda dos estudantes para que o transporte não seja uma problemática até na formação desses alunos” destacou o deputado.

Na primeira reunião da Comissão de Transporte o presidente se comprometeu a trazer estudos sobre a realidade do Distrito Federal, do Brasil e de boas práticas de mobilidade no mundo. “O DF foi projetado para ser desigual. As pessoas moram distante do centro e isso cria um longo percurso de passageiros, que interfere em todos os cálculos”, disse.

Também participaram da reunião os deputados Fábio Felix (PSOL) e Gabriel Magno (PT), que defenderam a importância de se discutir o transporte público que atende a UNB e o IFB. Os três parlamentares progressistas formam maioria na Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana.

Demandas estudantis

De acordo com a coordenadora-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB), Sofia Cartaxo, existem diversas demandas que precisam ser discutidas com o poder público sobre o transporte, como a situação dos alunos do Entorno do DF que não têm o passe livre, a frequência dos ônibus que atendem a Universidade, os circulares e o intercampi.

“O Entorno ou as regiões administrativas muito grandes têm um transporte muito precário. Em muitos casos é preciso pegar um mototáxi ou transporte pirata para chegar na parada e pegar um ônibus para ir até a universidade e isso gera um desgaste emocional e financeiro", destacou Sofia.

As dificuldades com o transporte motivaram alguns alunos a se mudarem de casa, como é o caso da estudante do curso de Dança do Instituto Federal de Brasília (IFB) Jussara Candeia, que no início do curso morava em Ceilândia e passava até 5 horas por dia dentro de um ônibus para ir e voltar do Campus da Asa Norte.

“A jornada era tão exaustiva que decidi pagar um aluguel aqui no Plano [Centro] pra não ter que passar mais por tanto estresse cotidiano, pois isso acabava com a minha saúde mental e isso me desanimava a estudar”, explicou ela.  

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Edição: Flávia Quirino