O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) realiza nesta terça-feira (14) uma assembleia geral com paralisação. O encontro acontece no estacionamento da Funarte a partir das 9 horas e o objetivo é retomar o debate da Campanha Salarial 2023 e reivindicar a reestruturação da carreira. No mesmo dia Sindicato comemora 44 anos de existência.
Letícia Montandon, diretora da Secretaria de Imprensa do Sinpro, afirmou que os pedidos dos professores têm sido tratado com descaso pelo Governo do Distrito Federal.
“São oito anos que os nossos salários estão defasados e pela primeira vez a gente está abaixo do piso nacional sendo que o Distrito Federal sempre foi uma referência. Tudo isso demonstra um grande descaso no qual o GDF está lidando com os nossos salários, nós estamos com uma perda salarial gigante, um empobrecimento da categoria. Para se ter ideia, nós estamos com um grande problema que são pessoas superendividadas com o BRB por conta dessa falta de uma política de reajustes que o GDF não vem aplicando nesses últimos anos”, disse.
De março de 2015 a janeiro de 2023, tendo como referência o INPC-IBGE, a inflação acumulada é de 57,5%. Neste período o reajuste obtido pelos profissionais do magistério público do DF foi de 9.5% em média. Com isso, a perda inflacionária imposta a professores e orientadores educacionais é de cerca de 30.5%.
“A reestruturação da carreira passa pelo Plano Distrital da Educação, a nossa luta também é dentro desse diálogo de política de reajuste, também de uma melhoria na aplicação dele dentro das nossas tabelas salariais porque nós temos tabelas horizontais que falam de mestrado, graduação, doutorado. Então a gente tá dialogando com relação a reestruturação desses níveis e também dos estepes verticais, que são os padrões que vão de 1 a 25”, explicou Letícia.
Das 29 carreiras de nível superior do Governo do Distrito Federal, o magistério público está em 26º lugar no ranking de remuneração (R$5.497,12) e em penúltimo lugar quando o foco é o valor do vencimento básico (R$4.228,56).
“A sociedade pode ajudar não mandando seus filhos pra escola, não mandar no dia 14, respeitar, acatar esse chamado do sindicato pela luta do reajuste, da reestruturação da carreira e apoiar nas redes sociais, nas discussões, que é necessário valorizar a educação”, concluiu.
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Edição: Flávia Quirino