O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Distrito Federal e Entorno (MST) repudiou a informação que vem circulando em sites de notícias sobre sua participação na invasão da administração de Brazlândia ocorrida na manhã desta segunda-feira (20).
O MST informa que não tem nenhum acampamento na BR 080, que liga Brazlândia a Padre Bernardo (GO), e que as informações falaciosas fazem parte de uma tentativa de “desqualificar a luta justa dos movimentos sociais do campo operando lógicas criminosas e ligadas a grilagem de terras públicas”.
De acordo com o MST a mídia local e invasores grileiros de terra tentam vincular o nome do grupo com episódios de reintegração de posse de área não ocupada pelo movimento bem como com a invasão em Brazlândia. “É importante ressaltar que esses grupo que fazem estas movimentações na região tem ligações criminosas com a especulação e grilagem de terras na região” destacou o MST acrescentando: “sabemos que ali existem muitas mães e pais de famílias, pessoas sérias, trabalhadoras, que são usadas como massa de manobra”.
O movimento social destaca ainda a conivência do governo do DF e de deputados distritais aliados ao governador Ibaneis Rocha (MDB) nas ações criminosas de grilagem de terra que ocorrem na região. “É sabido também que parte destas ‘lideranças’ que hoje invadiram a administração de Brazlândia, têm cargos de confiança nesta mesma autarquia, o que revela o quão arquitetado é essa indústria da grilagem de terras”, destacou o MST.
O MST repudiou a ação destacando que o movimento luta "pela reforma agrária, pela agroecologia, por uma nova sociabilidade nós territórios rurais, pela qualidade de vida no campo e por produção de alimentos saudáveis para todo o povo”. O movimento é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina e no DF o que mais fornece produtos agroecológicos para as escolas públicas - mais de 4 milhões por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
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Em nota a Polícia Militar do DF confirmou a invasão no prédio da Administração de Brazlândia e que os policiais fizeram “uso eletivo da força”. Oito homens e uma mulher foram presos na ocasião. A nota da PM identifica os invasores como um “grupo de sem-terra” o que contribui com a informação falaciosa de responsabilização do MST pelo ato.
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Edição: Flávia Quirino