Trabalhadores e parlamentares contrários a política dos juros altos praticada pela atual gestão do Banco Central (BC) se reuniram na frente na sede do órgão em Brasília nesta terça-feira (21) em uma grande mobilização que também aconteceu em outros estados e pelas redes socais.
A taxa básica de juros (Selic) defendida pelo presidente do Banco Central (BC), Campos Neto é 13,75% ao ano o que para muitos especialistas tem atrapalhado as políticas de crescimento econômico e a geração de empregos do governo Lula.
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece nos dias 21 e 22 de março e o intuito da mobilização é pressionar pela diminuição do patamar de juros praticado pela atual gestão do BC. “Nós estamos com recursos nas tesourarias dos bancos, porque é melhor você deixar o dinheiro parado, com um juros de 13,75% e a partir dai lucrar, sem ter nenhum tipo de comprometimento com o desenvolvimento do pais”, disse a deputada federal Erica Kokay (PT-DF), durante a manifestação em Brasília.
A parlamentar lembrou que existe uma “estranheza” pelo fato do órgão que faz a política monetária, cambial e de combate a inflação ser descolado da política econômica do atual governo. Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia Paulo Guedes, que defendiam um programa econômico totalmente oposto ao governo Lula. “O povo brasileiro resistiu a tudo do antigo governo e votou no presidente Lula. E quando ele [povo] vota em Lula, ele vota em um projeto de desenvolvimento nacional”, defendeu Erica.
“O presidente Lula assume dizendo que não é o rentismo que tem que continuar se dando bem nesse pais em detrimento do povo brasileiro. A centralidade é povo brasileiro. É preciso colocar o povo brasileiro no orçamento. É preciso eliminar a fome” acrescentou a deputada do DF no ato. Ela ainda defendeu que a atual taxa de juros praticada pelo Banco Central “é um boicote e sabotagem a soberania do povo brasileiro que elegeu um programa de desenvolvimento econômico e social, que elegeu Lula”.
O atual presidente do BC tem mandato até dezembro de 2024 e por isso muitos sindicalistas e parlamentares progressista pede que ele renuncie ao cargo para que Lula possa indicar um gestor alinhado ao atual projeto de governo. Também ocorreram atos contra os juros altos em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo.
Com a colaboração de Rafael Tatemoto.
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Edição: Flávia Quirino