Distrito Federal

fim da violência

Ato “Vivas e em Vigília pela Vida de Todas as Mulheres” acontece nesta sexta-feira (24)

Mobilização acontece em Ceilândia para cobrar políticas públicas

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Nos primeiros meses do ano, 12 mulheres já foram vítimas de feminicídio no DF - Leandro Gomes

Em decorrência dos altos índices de feminicídio no Distrito Federal, o Levante Feminista Contra o Feminicídio do DF e Entorno realiza nesta sexta-feira (24), a partir das 18 horas, o ato “Vivas e em Vigília pela Vida de Todas as Mulheres” em frente a Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal.

Outro ponto a ser levado em consideração para a realização do ato, é também a falta de dados oficiais sobre os crimes de feminicídio nas regiões administrativas do DF. De acordo com levantamento feito pela Campanha do Levante Feminista Contra o Feminicídio do DF e Entorno, em 2022 ocorreram 24 feminicídios, ao contrário do que alega a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF), com 18 feminicídios.

:: Mulheres negras e periféricas são as principais vítimas de feminicídio no DF ::

Já neste ano, a Campanha registrou a ocorrência de pelo menos 12 feminicídios, enquanto a Secretaria registrou oito. É importante ressaltar também que dados de transfeminicídios e feminicídios de mulheres em situação de rua muitas vezes não são registrados. 

Sob o lema “Nem Pense em Me Matar - Quem Mata uma Mulher Mata a Humanidade!” a Campanha Nacional do Levante Feminista Contra o Feminicídio completará dois anos de criação no sábado (25), data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Laranja, para alertar a necessidade de prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas. 

“A situação no DF e entorno é gravíssima. No primeiro mês de 2023 nós tivemos o mesmo número de assassinato de mulheres equivalente aos quatro primeiro meses de 2022. Nós não vemos a política dando conta da situação. É impossível ficar quieta diante disso, todas nós estamos em risco. Esse ato significa um chamado às autoridades públicas e à sociedade para que se perceba como é grave esse quadro”, afirmou Cleide Lemos do Levante Feminista Contra o Feminicídio do DF e Entorno.

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Edição: Flávia Quirino