Distrito Federal

GREVE

Greve de professores e orientadores educacionais começará no dia 4 de maio

Decisão foi tomada nesta quarta-feira (26) por meio de Assembleia

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
A categoria luta pela reestruturação da carreira e reajuste salarial, que não ocorre há oito anos. - Heloísa Viana

Centenas de professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal decidiram por greve após Assembleia Geral com diretores do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF). A Assembleia Geral foi realizada nesta quarta-feira (26) no estacionamento da Funarte.

Além da recomposição salarial, a categoria luta pela valorização da carreira e pela convocação imediata de todos os aprovados em concurso público para o magistério do DF.

Cumprindo os trâmites legais, a greve começará na próxima quinta-feira (04). Antes disso, na quarta-feira (03) o sindicato se reunirá com a Casa Civil, que representará o GDF, e assumiu o papel de coordenar a negociação sobre a reestruturação da carreira do magistério público.

Letícia Montandon, coordenadora de imprensa do Sinpro-DF, reforçou a luta pela reestruturação da carreira e a importância do governador Ibaneis Rocha (MDB) de ouvir a categoria.

“O que a gente precisa é que o GDF trate a questão salarial com menos descaso, a proposta do Ibaneis de aumento parcelado em três anos não atende a categoria porque é uma categoria que está há oito anos sem reajuste, com salários defasados. O governador precisa ouvir a representação dos professores porque nós temos o plano de reestruturação da carreira que atenderia a categoria e seria possível de ser feito”, afirmou.

De acordo com o Sinpro-DF, na pauta estarão itens importantes como a incorporação de gratificações (Gase e Gaped, por exemplo) e melhorias no processo de progressão na tabela salarial, melhores condições de trabalho, nomeação de todos os aprovados e aprovadas do último concurso público e a valorização de todos os profissionais da educação, efetivos(as), temporários(as), aposentados(as) e da ativa.

:: Proposta de reajuste de Ibaneis não contempla reivindicação de professores ::

Apoio de parlamentares

O deputado Fábio Félix (PSOL), presente no ato, ressaltou o descompromisso do governador Ibaneis (MDB) com a categoria.

“A gente nunca viveu um governo que virou as costas para o serviço público como foi o governo Ibaneis, é um governador que não recebe de forma adequada e respeitosa as categorias do serviço público. Agora impôs um aumento, e óbvio que todo aumento é bem vindo, mas publicizou 18% sendo que o aumento na verdade é de 6% em 2023. Além disso, esse governo não recebeu nenhuma categoria de forma decente para fazer uma discussão que fosse isonômica”, disse.

Já o deputado Gabriel Magno (PT) afirmou que a proposta de reajuste parcelado em três anos do GDF não é suficiente. 

“A proposta que o governo encaminhou e já foi aprovada na Câmara, do reajuste parcelado é insuficiente, ela não dá conta das perdas salariais dos últimos anos, não dá conta do congelamento salarial, não dá conta da reforma da previdência que tirou nosso salário, é preciso continuar em negociação, o governador não pode achar que apresentar uma proposta em três anos significa que acabou a conversa, a negociação”, afirmou.

Após o final da Assembleia, os participantes do ato se direcionaram até o Palácio do Buriti em caminhada pelo Eixo Monumental para anunciar a greve.

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Edição: Flávia Quirino