A Comissão de Negociação do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) se reuniu com representantes de pastas-chave do GDF, nesta quarta-feira (10). O encontro, articulado por parlamentares, marcou a reabertura do processo de negociação da greve na educação, que continua.
A dirigente do Sinpro-DF e integrante da Comissão de Negociação, Luciana Custódio, destaca que foi a intensificação da mobilização da categoria, especialmente depois da judicialização da greve, que possibilitou a reabertura da mesa de negociação com o governo.
“Nós consideramos essa reabertura da mesa de negociação como um movimento importante. Até porque é a mesa de negociação que precisa discutir propostas para a categoria, sobretudo a serem apresentadas pelo governo, porque o nosso pleito ele já tem, que é o processo de reestruturação de carreira, que foi construído a partir da pauta de reivindicação aprovada pela categoria em Assembleia em 2018”, afirma a dirigente.
Representando o GDF, estiveram presentes na reunião de negociação o Chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha; o secretário de Planejamento, Orçamento e Administração, Ney Ferraz e a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
A Comissão de Negociação do Sinpro-DF destacou alguns pontos da reestruturação da carreira, como a incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (GAPED) e da Gratificação de Atividade de Suporte Educacional (GASE) ao vencimento. As gratificações representam parte importante da remuneração de professores(as) e orientadores(as) educacionais.
Nova reunião entre a categoria e representantes do GDF está marcada para a próxima quarta-feira (17), às 10h.
“As negociações continuam. O governo se comprometeu em fazer alguns exercícios dentro de alguns pontos da pauta e nova reunião está marcada”, observa Luciana Custódio.
A greve continua
Nesta quinta-feira (11), a categoria se reune em assembleia geral para discutir os próximos passos da mobilização e a judicialização do movimento grevista acionada pelo governador Ibaneis Rocha, através da Procuradoria-Geral do DF (PGDF), e aprovada pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT).
“O desembargador se apoiou na alegação do GDF de que as negociações não estariam concluídas, ignorando o fato de que o Sinpro protocolou sete ofícios solicitando audiência só em 2023, mas não foi recebido pelo governador – o que mostra que não havia negociação em curso”, afirma nota da Diretoria Colegiada do Sinpro-DF, publicada no dia 7 de maio.
Segundo a dirigente do Sinpro-DF, Luciana Custódio, desde o início das tratativas para a construção de propostas que atendessem às reivindicações de reajuste salarial e reestruturação da carreira, até a data da deflagração da greve, foram protocolados sete ofícios solicitando reunião com o governador Ibaneis Rocha (MDB), todos sem resposta.
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Edição: Flávia Quirino