Em mais uma fase da Operação Lesa Pátria realizada na manhã desta terça-feira (22) policiais federais prenderam o major Flávio Silvestre de Alencar, suspeito de ordenar o recuo das tropas para facilitar a invasão do prédio do Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro. O major era o comandante provisório do 6° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela segurança da Praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios.
Está é a 12ª fase da Operação Lesa Pátria que tem com o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro. O major Flávio já tinha sido preso no dia 7 de fevereiro, durante a 5ª fase da mesma operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, mas foi solto em seguida.
De acordo com a Polícia Federal, os fatos investigados pela operação em tese constituem diversos crimes como: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. A PF destaca que as investigações em curso se constituem a partir de mandados judiciais expedidos.
CPI
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Chico Vigilante (PT), informou que o major Flávio deve ser convocado para prestar depoimento em agosto. “Essa operação de hoje reforça a importância de se descobrir efetivamente a verdade sobre a ação da segurança do DF nessa tentativa de golpe”, analisou o presidente da CPI.
O Brasil de Fato DF entrou em contato com a Polícia Militar, por meio da Assessoria de Imprensa para comentar a prisão do Major Fábio e informar sobre possíveis procedimentos de apuração dos fatos dentro do próprio órgão. No entanto, a PMDF informou apenas que “não comenta decisões judiciais e nem processos em andamento".
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Edição: Flávia Quirino