Representantes do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) se reuniram, nesta quarta-feira (7), com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para tratar da retirada da Unidade de Referência de Preços (URP) que gera uma perda salarial de 26% aos servidores da ativa e aposentados.
O coordenador-geral do SINTFUB, Edmilson Lima, afirmou ter saído “otimista” da reunião com o ministro e pediu que a comunidade universitária permaneça unida “na defesa da Universidade de Brasília”.
“Reafirmamos a posição tirada em assembleia geral da continuidade da defesa da nossa URP. Observamos que a necessidade da manutenção desse direito é muito importante para a Universidade de Brasília. Por isso que nós conclamamos a unidade da administração, dos segmentos e de toda a comunidade na defesa de melhores condições de trabalho e de salário para os professores e servidores”, disse o coordenador.
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Durante a audiência, representantes da assessoria jurídica do Sindicato informaram ao ministro que foi ajuizado, nesta segunda-feira (5), um recurso pedindo a suspensão imediata da decisão e a manutenção do pagamento da URP até o julgamento final do recurso.
De acordo com o assessor jurídico do Sintfub, José Luis Wagner, o ministro Gilmar Mendes “prometeu agilidade na apreciação da matéria”.
Greve
Desde sexta-feira (2), os servidores técnicos-administrativos da UnB estão de greve. A mobilização se iniciou após decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes de cassar a liminar que garantia o pagamento da URP aos servidores.
A parcela, que representa mais de um quarto do salário dos técnicos-administrativos, é paga há mais de 30 anos. A categoria afirma que a suspensão do pagamento impacta de forma profunda a segurança financeira dos trabalhadores.
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"Os servidores técnico-administrativos da UnB recebem a URP há mais de 30 anos, fazendo parte do seu salário e da manutenção da sua própria vida, com a aquisição de alimentos, vestuário, remédios, pagamento de plano de saúde e aluguéis", explica o coordenador-geral do SINTFUB.
Devido à greve, alguns laboratórios da UnB estão sem funcionamento e a Biblioteca Central está fechada. Em boletim informativo, o Sindicato afirmou que os serviços essenciais estão mantidos.
“Reitera-se à comunidade que não serão afetados os serviços de: segurança; pagamento de bolsas, auxílios, salários e outros; alimentação de animais e plantas; HUB e pesquisa”, informa.
Segundo Lima, a greve tem demonstrado “uma grande capacidade política” dos servidores técnicos-administrativos de se mobilizar, construir uma unidade interna e “furar o bloqueio” necessário para “dialogar com o governo federal e com o Judiciário”.
Nova assembleia geral da categoria para deliberar os próximos passos está marcada para segunda-feira (12), às 8h30, na praça Chico Mendes.
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Edição: Flávia Quirino