Distrito Federal

LGBTQIAPN+

Parada do Orgulho de Brasília teve festa, homenagem e falas sobre respeito e empregabilidade

Jornalista Alexandre Ribondi, que fundou o Grupo Beijo Livre (1979), foi lembrado durante evento no DF

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Parada do Orgulho de Brasília começou em frente ao Congresso Nacional - Fabio Rodrigues/Agência Brasil

Em 1979, o jornalista Alexandre Ribondi fundou o Grupo Beijo Livre, a primeira organização LGBTQIAPN+ no Distrito Federal e uma das primeiras no Brasil. O jornalista que morreu em junho deste ano foi o homenageado da 24ª Parada do Orgulho que aconteceu neste domingo (9), em Brasília, com o lema: “Empregabilidade e Empreendedorismo: Respeito e Inclusão!". 

O evento reuniu milhares de pessoas e começou por volta das 14h, em frente ao Congresso Nacional, com percurso que incluiu uma caminhada na Esplanada dos Ministérios, passando pela Rodoviária do Plano Piloto até a Torre de TV. A Parada do Orgulho de Brasília terminou à frente do Museu da República por volta das 22h e diversos eventos adicionais foram realizados na Capital, durante o fim de semana.

O estudante Rodrigo Almeida, que mora em Brasília há poucos meses, participou pela primeira vez de uma parada de orgulho LGBTQIAPN+. "Para mim que vim de uma cidade que não tem uma Parada LGBT como essa foi muito importante participar, vivenciar o momento, ouvir os discursos e participar da festa que foi muito boa", acrescentou o estudante.

A também estudante Aline Moraes chamou atenção para o fato da Parada do Orgulho de Brasília de 2023 ter homenageado um dos precursores do movimento LGBTQIAPN+. "Eu acho muito importante esse reconhecimento, porque ele [Alexandre Ribondi], começou a levantar a nossa bandeira num período em que o preconceito e a intolerância da sociedade brasileira eram muito maiores. Além disso, estávamos numa ditadura", analisou Aline.

O evento contou com quatro trios principais, de onde foram feito os discursos de lideranças LGBTQIAPN+ de Brasília e de outras localidades do Brasil.  Também participaram do evento e fizeram discurso importante vários deputados federais e distritais progressistas e o ex-deputado Jean Wyllys.

"A nossa luta por amor livre e nossos direitos não pode ser dissociada da luta contra o aquecimento global, da luta antirracista, pela equidade de gênero.  Não haveria luta LGBT sem as mulheres", destacou Jean Wyllys, que foi muito aplaudido pelo público. O ex-deputado é dos símbolos de resistência do movimento LGBTQIAPN+ e se exilou no exterior durante o governo Bolsonaro em razão das ameaças.

Paradas do Orgulho no DF

Além da Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ que ocorreu no centro de Brasília, haverão outros eventos nos meses agosto, setembro e outubro nas regiões administrativas do Distrito Federal. Confira o calendário: 

13/08 - Ceilândia

27/08 - Samambaia 

10/09 - Cruzeiro/Sudoeste

17/09 - Itapõa

01/10 - Brazlândia

15/10 - Riacho Fundo II

29/10 - Planaltina DF

:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::

Edição: Flávia Quirino