Distrito Federal

AGRICULTURA FAMILIAR

Defesa da reforma agrária é apontada em evento de 53 anos do Incra, em Brasília

Evento ressaltou a necessidade de expansão das feiras da reforma agrária para outros estados

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Estavam presentes no ato político autoridades, parlamentares e representantes de movimentos sociais - Assessoria INCRA DF e Entorno

As defesas da reforma agrária, alimentação saudável livre de agrotóxico e a importância do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foram foco da Feira da Reforma Agrária,realizada em 06 de julho.

A atividade realizada em Brasília, marcou os 53 anos do órgão, fundado em 09 de julho de 1970. Além do ato político, que contou com a presença de autoridade federais e distritais, a Feira comercializou produtos oriundos da agricultura familiar.

“Celebrar os 53 anos do INCRA com uma feira oferecendo e demonstrando para a sociedade os produtos que são colhidos nos assentamentos da reforma agrária aqui do DF e Entorno, com alimentação saudável livre de agrotóxico, alimentos que podem produzir saúde é realmente algo muito importante diante de todo o desmonte que sofremos ao longo desses últimos sete anos”, afirmou Rose Rodrigues, diretora de Desenvolvimento e Consolidação de Projetos de Assentamentos do Incra.

A valorização da agricultura familiar, por meio da realização de feiras em outros estados foi pautada pelo secretário de Política Agrária da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alair dos Santos. “Essas feiras têm uma importância significativa porque demonstra a possibilidade da gente expandir essa feira para diversos estados, para as diversas superintendências, de demonstrar aqui os produtos da agricultura familiar, que são produtos saudáveis produtos, sem veneno e de qualidade para a população brasileira”, destacou.

A Feira foi realizada em parceria com a Superintendência Regional do Incra no DF. “A feira é lugar de lutas e afeto. Não tem como não citar a alegria, isso retrata de fato que o Incra voltou, simbolicamente dizendo. Isso representa a volta do INCRA, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a volta do Brasil”, afirmou Cláudia Farinha, superintendente do Incra DF e Entorno.

Para o assentado Flávio Cerratense, do assentamento Canaã, localizado na região de Brazlândia, as feiras são ferramentas de políticas públicas.

“O fascismo junto com o agronegócio querem pautar esse projeto de envenenamento do Brasil. Nosso país está tendo todo um ataque, do agronegócio,com envenenamento em nossas águas, no nosso solo, com perseguição às comunidades tradicionais, como as comunidades ribeirinhas e as comunidades campesinas. A gente tem as feiras como um instrumento da construção da reforma agrária popular, na unidade do campo e da cidade, precisamos ver as feiras como uma política pública. A feira é cultura popular, é na feira que a gente tem contato direto com a comunidade”.

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Edição: Flávia Quirino