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Jovem de Expressão é reconhecido como Ponto de Memória do DF

Projeto atua há mais de 15 anos promovendo saúde, cultura e bem-estar para potencializar a juventude periférica

Brasil de Fato | Brasília (DF) | |
Oficinas, palestras, aula de yoga e cursinho pré-vestibular são algumas das atividades gratuitas oferecidas pelo Jovem de Expressão - Divulgação/Instagram Jovem de Expressão

O Instituto Brasileiro de Museus reconheceu a entidade cultural Jovem de Expressão (JEX) como Ponto de Memória. O certificado comprova que o projeto desenvolve ações pautadas no vínculo com a comunidade e seu território que contribuem para a valorização da memória social brasileira. 

“Esse reconhecimento é muito importante para a gente, até mesmo para dar legitimidade ao que a gente está fazendo há 15 anos. Ser reconhecido também é uma forma de deixar a gente mais forte, se tiver algum outro tipo de ataque”, avaliou Rayane Soares, da coordenação do JEX.

Durante a pandemia, o projeto, que existe desde 2007 em Ceilândia, quase perdeu o seu espaço físico, que é cedido pela administração pública. Segundo Rayane, o local estava fechado por questões sanitárias, enquanto o grupo concentrava os esforços principalmente na entrega de cestas básicas, mas o fechamento era utilizado como uma forma de argumentar que o JEX estava inativo. “A gente tem essa vulnerabilidade também nas nossas ações por não ter uma sede”, contou a integrante do projeto. 

15 anos de luta pela juventude

O Jovem de Expressão surgiu em 2007, a partir de uma pesquisa de vulnerabilidade que revelou que os jovens negros do Distrito Federal e, especialmente, os da Ceilândia eram mais impactados por questões como a violência. Assim, o projeto é criado com o objetivo de promover saúde, cultura e bem-estar aos jovens entre 18 e 29 anos. 

“Eu acredito que o Jovem de Expressão tem um papel muito importante para formação da juventude no distrito federal, principalmente na área cultural, que é um dos espaços que forma e que a gente vê que realmente existem pessoas que entram no mercado de trabalho e viram a chave da vida. Não no sentido que o JEX é a solução, mas que a gente consegue ser essa ferramenta para esses jovens verem outras possibilidades de vida, de visão de vida, de acesso também, principalmente para a juventude negra”, conclui Rayane Soares.

Nesses mais de 15 anos de atuação, a entidade já atendeu a milhares de jovens em todo DF, proporcionando de forma gratuita a inserção da juventude em atividades diversas. O projeto oferece terapia, oficinas, palestras, atividades culturais variadas, aulas de yoga e cursinho pré-vestibular como caminhos para potencializar a juventude periférica.

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Edição: Flávia Quirino