A Cozinha Solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) no Distrito Federal está apoiando a realização da III Marcha das Mulheres Indígenas com fornecimento de alimentação durante os dias das atividades.
“A gente entende que essa aliança é fundamental para construir uma democracia e um projeto de país”, considerou o coordenador do MTST no DF, Rud Rafael.
Esse ano, a Marcha tem como tema "Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade através das raízes ancestrais” e reúne mais de 5 mil mulheres indígenas de todo o país em Brasília, dos dias 11 a 13 de setembro. A mobilização é organizada pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e as atividades se concentram no Eixo Cultural Ibero-Americano, na área central da capital federal.
De acordo com a organização da Cozinha Solidária, por dia são oferecidas mais de 10 mil refeições, que inclui, café da manhã, almoço e jantar. “Para nós está sendo uma honra poder alimentar as mulheres indígenas em marcha pelos seus direitos, por demarcação das terras indígenas e para derrubar o marco temporal. Essas lutas se alinham muito com as nossas lutas nas periferias”, observou Rafael.
A Cozinha Solidária começou a fornecer alimentação para as participantes da Marcha no domingo (10) e segue até a quinta-feira (14). Apenas na segunda-feira (11) receberam mais de seis toneladas de alimentos para a preparação das refeições. Cuscuz com ovo, carne cozida, arroz, feijão e salada, carne moída com mandioca e muita fruta e suco fazem parte do cardápio.
Cozinhas solidária no DF
Em funcionamento desde abril de 2021, as cozinhas solidárias do Distrito Federal funcionam em Planaltina e outra em Ceilândia. Atualmente, as cozinhas solidárias funcionam, em geral, todos os dias da semana, distribuindo almoços balanceados de forma gratuita para famílias das periferias e para isso, o MTST arrecada doações. Para saber como doar, acesse o site do projeto.
“As cozinhas solidárias funcionam como espaços e também são equipamentos comunitários, onde funcionam escolinhas, cursos de capacitação em autoconstrução, mutirão de saúde, enfim, um conjunto de atividades que também atendem a outras demandas das comunidades”, explicou o coordenador do MTST, Rud Rafael.
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Edição: Márcia Silva