Alegando descumprimento de compromissos do governo do Distrito Federal, os assistentes de educação da capital iniciaram uma greve na terça-feira (19) e aguardam negociação. O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal (SAE-DF), Denivaldo Alves, pede a abertura de uma mesa de negociação com o governo Ibaneis Rocha (MDB)
“Fazemos um apelo veemente ao GDF para a imediata abertura da mesa de negociação. Estamos dispostos a dialogar e encontrar soluções conjuntas para os impasses existentes”, ressaltou Alves, destacando que "é fundamental que haja reciprocidade, transparência e, sobretudo, respeito por parte do governo”.
A categoria alega que havia um compromisso do governo de promover isonomia em relação aos professores na incorporação das gratificações aos salários, mas em agosto o GDF enviou ao Legislativo um Projeto de Lei para reformular apenas a carreira dos docentes.
“A exclusão da Gratificação de Incentivo à Carreira (GIC) do Projeto de Lei e a suspensão abrupta das negociações da reestruturação da carreira são apenas alguns exemplos das decisões que levaram a um profundo desconforto em nossa categoria”, justificou Alves.
De acordo com o secretário do SAE-DF, foram feitas diversas tentativas de diálogo com o governo antes da decisão pela greve. “Chegamos a um ponto crítico em que nossos direitos e demandas foram postergados, e nossas vozes, muitas vezes, ignoradas”, afirmou Alves.
A Carreira de Assistência à Educação, agora denominada Políticas Públicas e Gestão Educacional (PPGE), é composta por gestores, analistas e técnicos que atuam nas escolas públicas do DF. De acordo com o SAE, a PPGE conta com 8.489 profissionais ativos e 13.146 aposentados e pensionistas, alcançando um total de 21.635 profissionais.
80% em greve
De acordo com o Comando de Greve do SAE-DF, nesta primeira semana de greve foi possível mobilizar visitas às 17 regionais de ensino do Distrito Federal e aproximadamente 80% da carreira aderiu à greve.
Em nota, o Comando afirmou que os resultados superaram as expectativas. “A maior parte das atividades administrativas e funcionais das escolas está completamente paralisada, com apenas o corpo docente em atividade, ainda que em condições precarizadas”, destacou a nota.
Secretaria de Educação
A Secretaria de Educação informou, por meio da assessoria de imprensa, que “está adotando todas as providências pertinentes em relação ao movimento grevista dos servidores da Carreira de Assistência à Educação (CAE)”.
A pasta informou ainda que realiza o levantamento da quantidade de servidores que aderiram ao movimento paredista para que seja feita a análise dos impactos/prejuízos sofridos pelos estudantes da rede pública de ensino e que avalia medidas administrativas cabíveis.
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Edição: Márcia Silva