Após semanas desde o início da greve dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria da Políticas Públicas e de Gestão Educacional (PPGE), iniciada em 19 de setembro, o governo do Distrito Federal (GDF) cedeu e realizou a primeira reunião com os representantes do movimento nesta quinta-feira (6). Há previsão de novo encontro na próxima semana.
A reunião de representantes da Comissão de Negociação dos servidores ocorreu com o Chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, e o Secretário de Planejamento do DF, Ney Ferraz. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal (SAE-DF) o principal tema tratado no encontro foi aprofundamento das discussões orçamentárias.
“A nossa tentativa era a possibilidade abrir um canal de negociação. A reunião foi muito positiva, teve vários deputados presentes que nos ajudaram muito e a mesa de negociação foi instalada”, afirmou o secretário-geral do SAE-DF, Denivaldo Alves, que participou da reunião como um dos membros da Comissão de Negociação. Segundo ele, na próxima terça-feira (10) haverá outra reunião da Comissão com representantes do GDF.
O secretário-geral do SAE-DF aguarda que na próxima terça-feira o governo apresente uma proposta que será discutida pelos servidores. “Se o governo apresentar uma proposta nós estaremos chamando em seguida uma assembleia geral para discutir se nós vamos ou não continuar na greve ou acatar a proposta”, antecipou Denivaldo Alves.
O reajustar o valor da GIC [Gratificação de Incentivo à Carreira] e a isonomia em relação à carreira do magistério são as principais reivindicações do servidores em greve.
Secretaria de Educação
Ao ser questionada sobre os impactos da greve, a Secretaria de Educação do DF informou que “adota todas as providências pertinentes em relação ao movimento grevista dos servidores da Carreira de Assistência à Educação”. A pasta ressaltou que já foi determinado judicialmente o imediato retorno às atividades de 50% do contingente de servidores das para as específicas atividades realizadas em todas as unidades.
O Brasil de Fato DF também entrou em contato com a Casa Civil e a Secretaria de Planejamento para comentar a reunião, mas até o fechamento desta matéria as pastas não haviam respondido.
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Edição: Márcia Silva